Airbus inicia design de um avião híbrido-eléctrico com 100 lugares

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Em menos de duas décadas, o conceito do VoltAir E-Fan da Airbus pode ser alargado a uma nova família de aviões regionais de 100 lugares com um sistema de propulsão híbrida-eléctrica assente em motores a diesel com 6 MW de potência ou uma fileira de motores eléctricos.

Este potencial avião de 100 lugares ainda está numa fase inicial de design, mas a Airbus aparenta estar a apontar nesta configuração. “Estamos a começar a trabalhar no design de algo que chamamos o EPU”, revelou Ken McKenzie, presidente nomeado e vice-presidente sénior de estratégia e serviços corporativos do Grupo Airbus nos Estados Unidos. “Actualmente, preferimos um motor hídrido”, acrescentou.


Ken McKenzie liga o design da Airbus ao conceito N3-X da NASA, (na imagem de destaque) que emergiu há cerca de cinco anos, revelando um uma fuselagem fundida com as asas e dotado de motores de turbina a gás, geradores de electricidade para motores eléctricos embutidos na linha de fuga aerodinâmica da fuselagem. “É uma ideia semelhante mas, no nosso caso, poderá não ser uma turbina a gás. Poderá ser a diesel”, frisou. A Airbus apontou inicialmente um objectivo a 10 anos para este avião híbrido-eléctrico de 100 lugares, mas McKenzie alarga o calendário em mais uma década. “Penso que o ano de 2032 será mais realista para tornar este avião comercialmente viável”.

O sistema híbrido-eléctrico para o E-fan 4.0 deverá fornecer a informação crítica necessária para os engenheiros da Airbus trabalharem no projecto do avião de 100 lugares. A propulsão do avião de quatro lugares terá uma configuração inusual, com um único motor a alimentar dois hélices eléctricos, revela McKenzie. Se este conceito for idêntico à configuração de propulsão para o avião de 100 lugares, levanta questões intrigantes, como de que forma vai a Airbus compensar o aparelho se um dos hélices parar de trabalhar? “Se tem um motor, mas dois sistemas propulsores, a potência assimétrica tem de ser quase zero, de modo a que se perder um deles, ainda possa voar com o outro. Um dos conceitos que temos é, se perde um, o outro também pára”, explicou.

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