Investimentos da Etihad no estrangeiro fracassam – James Hogan demitido

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James Hogan, presidente executivo da Etihad Airways, companhia internacional com base e bandeira dos Emirados Árabes Unidos, vai abandonar as funções que desempenhou ao longo do último decénio, no próximo dia 1 de julho.

Num comunicado distribuído na segunda-feira, dia 8 de maio, o Etihad Aviation Group, anuncia que Hogan deixará o grupo a 1 de julho, sendo substituído interinamente, e “desde hoje”, por Ray Gammell, diretor de pessoal e de desenvolvimento do grupo aéreo árabe. De saída do grupo está também o diretor financeiro James Rigney, que será substituído pelo tesoureiro Ricky Thirion.

O grupo revela que está em vias de contratar um novo presidente executivo, o que deverá ser anunciado nas próximas semanas. Até essa nomeação a equipa gestora da Etihad Airways, agora orientada por Ray Gammel, deverá prosseguir a análise estratégica, iniciada no ano passado, para reposicionar a companhia aérea “no caminho do desenvolvimento contínuo nos próximos anos que serão um período prolongado do desafio que hoje se coloca à aviação comercial no mundo”, refere Mohamed al-Mazrouei, presidente do Conselho de Administração do Etihad Aviation Group.

Lançada em 2003, a Etihad tem sede no Abu Dhabi e é a segunda companhia dos Emirados Árabes Unidos, depois da Emirates, esta com sede no Dubai. Desenvolveu-se rapidamente e em 2015 teve um lucro líquido de 91 milhões de euros, graças a uma procura relevante de passageiros. A sua frota conta com 125 aviões.

Contrariamente à sua concorrente Emirates que se tem concentrado no seu próprio desenvolvimento, com o lançamento de linhas intercontinentais com a maior frota de aviões de longo curso do mundo, a Etihad apostou nas parcerias internacionais, privilegiando as participações no capital social das empresas aéreas conhecidas que passaram por dificuldades financeiras. São os casos da companhia de bandeira italiana Alitalia com 49%; Air Serbia, na Sérvia, também com 49%; Air Seychelles, com base neste arquipélago do Oceano Índico, com 40%; Air Berlin, da Alemanha, com (29%); Jet Airways, da Índia, com 24%; e Virgin Australia, com 19,9%. Detém ainda uma participação de 33,3% na companhia suíça Darwin Airline, que opera sob a designação Etihad Regional, apenas na Europa Central.

Os investimentos, primeiro na Air Berlin, e depois na Alitalia, não evitaram que ambas as companhias entrassem em situações de prejuízo muito elevado e colapso financeiro. Afinal, serão essas as razões que levaram o Grupo Etihad a reestruturar todo o sistema de gestão e, eventualmente, num futuro próximo, a sua carteira de investimentos em companhias aéreas estrangeiras.


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