LAM encomendou três Boeing 737 Nova Geração

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A LAM (Linhas Aéreas de Moçambique) anunciou que já assinou o contrato de aquisição de três aviões Boeing 737 Nova Geração que deverão começar a chegar à companhia, em Maputo, a partir do próximo ano, na cadência de um por ano.
A revelação foi feita pela administradora-delegada (CEO) Marlene Mendes Manave na saudação aos passageiros inserta nas primeiras páginas da revista de bordo da companhia. A decisão foi tomada em meados de Novembro de 2013, escreve a administradora na revista “Índico”. Especifica que «o plano de expansão da frota consiste na aquisição de três aeronaves novas do tipo Boeing 737 da nova geração, cuja entrega está prevista para 2015, 2016 e 2017, e cujo contrato foi já assinado com o fabricante».
Marlene Manave refere-se ainda à integração de 15 novos pilotos, entre eles seis mulheres, no final de 2013, que foram formados em reconhecidas escolas da África do Sul e da Etiópia, e cuja formação se integra também no plano de expansão e crescimento da companhia.
A LAM volta assim a integrar na sua frota aviões novos Boeing. Recorde-se que a DETA, companhia aérea de Moçambique do tempo colonial, fundada em 1936, foi a primeira transportadora aérea de África a receber aviões Boeing 737-200. Foi em 1970, ainda o território estava sob administração portuguesa. Os quatro aparelhos chegaram ao aeroporto da capital moçambicana, então denominada Lourenço Marques, via Lisboa, idos directamente da fábrica da Boeing. O primeiro a ser entregue teve duas inaugurações, uma em Lisboa e outra em Moçambique. Mais tarde, em 1991, já depois da independência de Moçambique, a LAM (criada em 1980), que sucedeu à DETA e herdou todo o seu património, recebeu dois Boeing 737-300 novos directamente da fábrica nos EUA, que chegaram pintados já com as novas cores da empresa. Devido à situação económica do país, no início da década de 90, os aviões novos foram devolvidos à empresa de “leasing” e, curiosamente, passaram para a frota da companhia portuguesa de voos não-regulares “Air Columbus”, então em fase de expansão, mas que entrou em insolvência poucos meses depois.
Actualmente a LAM, que é considerada uma das mais prestigiadas companhias africanas, quer do ponto de vista operacional, quer técnico, tem uma frota constituída por dois aviões Embraer 190 (94 passageiros) um Boeing 737-500 (116 passageiros), três Bombardier Q400 (74 passageiros) e um Embraer 145 (36 passageiros). Utiliza ainda aviões Embraer turbo-hélices da companhia associada “MEX – Mozambique Express” para aeroportos mais pequenos e de menor tráfego.
Por imposição da União Europeia e face a incumprimentos de normas internacionais e constrangimentos legislativos por parte da Autoridade Nacional de Aviação Civil de Moçambique, as companhias aéreas moçambicanas estão impedidas de voar para a Europa, o que naturalmente também se aplica à LAM.
Em termos do continente africano a presidente da companhia moçambicana, Marlene Mavene, foi reeleita no final do ano passado para a presidência da Associação das Companhias Aéreas da África Austral (AASA), na Assembleia-Geral que se realizou na Cidade do Cabo (África do Sul), em Outubro. A companhia, também no ano passado, revalidou a certificação “IOSA – IATA Operacional Safety Audit”, renovando assim as certificações que são feitas de dois em anos, no âmbito das normas que obrigam as companhias que estão filiadas na IATA, sistema ao qual a LAM aderiu em 2007. Recorde-se que em 2012 a União Africana, na sua Declaração de Abuja, adoptou a IOSA como a melhor medida de segurança para os estados membros.

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