Reestruturação da TACV passa por despedimentos, confirma ministro da Economia

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O ministro da Economia e Emprego da República de Cabo Verde, José Gonçalves, admitiu nesta segunda-feira, dia 7 de novembro, que o plano de reestruturação da transportadora aérea TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde vai implicar despedimentos, mas não confirmou números avançados pela imprensa do país.

“Estamos a analisar todos os fatores para assegurar que a TACV possa operar em condições de sustentabilidade e rentabilidade. Se isto tem de passar pela redução do pessoal, também vamos ter de ver isso, assim como a melhoria da frota”, disse o ministro.

José Gonçalves, que falava à imprensa após um encontro com elementos do grupo turístico alemão TUI, não adiantou o número concreto de trabalhadores que serão despedidos da companhia de bandeira cabo-verdiana, mas a imprensa do país escreve nesta segunda-feira que serão 150.

“Não confirmo número de pessoas que serão despedidas porque neste momento há várias análises a serem feitas. O que posso confirmar é que a redução do pessoal é uma indispensabilidade, mas não é despedimento tout-court”, assegurou, garantindo que o Executivo já está à procura de recursos para indemnizar os trabalhadores dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV).

“Sabemos que neste momento mais vale menos pessoas, mas mais motivadas, mais bem enquadradas, do que ter excesso de pessoal que só nos leva a uma situação de insustentabilidade da empresa”, mostrou.

Segundo José Gonçalves, a TACV está a passar por “momentos difíceis” em termos de modelo de negócio e por causa das suas necessidades e é o Tesouro que tem estado a manter a companhia a operar através de grandes transferências mensais.

A companhia área, com mais de 50 anos, é detida a 100 por cento pelo Estado, custa um milhão de euros por mês aos contribuintes cabo-verdianos e, desde 2012, tem uma dívida de mais de 10 milhões de euros.

Segundo o ministro, enquadrado no plano de reestruturação, a companhia deverá apresentar “soluções concretas” até ao primeiro trimestre do próximo ano, para poder respeitar os compromissos assumidos com os parceiros internacionais.

“Os parceiros já estão desgastados com o facto de que há mais de 20 anos que se fala em reestruturação. Agora querem ver uma solução e nós dependemos desses parceiros que são os nossos financiadores”, sublinhou o governante.

Depois das mudanças na empresa, José Gonçalves disse que o Governo vai procurar um “parceiro sério” para privatizar a única companhia aérea do arquipélago, que, considerou, deve adequar às novas dinâmicas do mercado “altamente concorrencial”.

 

 

  • Texto distribuído pela agência noticiosa portuguesa Lusa

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