A Aeroflot, maior companhia aérea da Federação Russa, foi expulsa do sistema mundial de reservas e venda de passagens aéreas, através do qual trabalham as agências de viagens inscritas na IATA, que é a grande maioria das que estão em atividade em todo o mundo.
Esta decisão bloqueia a venda internacional de viagens em voos da Aeroflot, impossibilitando a companhia aérea de poder contar com essa considerável rede de vendedores, que deverá ser responsável pela grande maioria das vendas de lugares na empresa de transporte aéreo russa.
Aperta-se assim o cerco à Aeroflot, que a par de outras companhias aéreas que trabalham na Rússia, cujos aviões tenham registo ou não neste país, estão agora impossibilitadas de voar. Não só as empresas de leasing ocidentais rescindiram unilateralmente os contratos de leasing das aeronaves, a maioria de construtores europeus e dos EUA, que também não permitem o fornecimento de sobressalentes ou suporte técnico, como também os corredores aéreos estão encerrados para esses aviões.
Uma situação complicada, que conduzirá certamente a um novo redesenho de toda a rede das rotas e das companhias aéreas com base ou influência no Leste Europeu. Tudo dependente do tempo que durar o conflito bélico entre a Rússia e a Ucrânia e o novo mapa geopolítico que resultar desta guerra.