A companhia russa Aeroflot recusou-se a embarcar um grupo de quatro estudantes ‘kashmiri’ que pretendia viajar de Nova Deli, na Índia, para Istambul, na Turquia.
A Aeroflot não deu qualquer justificação oficial para a recusa, mas o funcionário que os atendeu no acolhimento no aeroporto sugeriu-lhes que procurassem a Turkish Airlines. Mais tarde foram convidados a abandonar o edifício do terminal.
Os estudantes queixaram-se às autoridades indianas e fizeram uma exposição à Aeroflot sobre o sucedido. Além do mais informaram a imprensa de que possuíam passaportes válidos com os respetivos visas atualizados, bilhetes comprados e pagos com voos garantidos e outros documentos de viagem. Os estudantes consideram que foram humilhados e pretendem ir até às últimas consequências no que consideram ser um ato racista por parte da Aeroflot e dos seus funcionários.
Jovens sem bagagem e sem dinheiro considerados ameaça para a companhia russa
Por agora não há uma resposta oficial sobre a recusa da viagem aos estudantes que seguiriam para Istambul para assistirem a uma conferência sobre o ‘Conceito da Justiça Social no Islão’. Contudo um funcionário da Aeroflot no Aeroporto de Nova Deli disse ao jornal ‘Mail Today’ que quatro estudantes de um grupo de seis se apresentaram sem bagagem, sem dinheiro para despesas de viagem e que as suas identidades levantaram dúvidas no ‘check-in’. Quando a Aeroflot consultou o Departamento de Emigração no aeroporto da capital indiana, a companhia foi informada que um dos estudantes viajava com frequência para o Paquistão, mas que não tinham quaisquer indicações graves a seu respeito.
O funcionário da Aeroflot, que falou sob a condição de anonimato, disse ao jornal britânico que outro fato que pesou na decisão de não embarcar o grupo, foi que não forneceram elementos sobre o local onde iriam permanecer enquanto em Istambul, nem sobre o tempo de estada e recusaram-se a fornecer detalhes sobre a actividade que iriam assistir na capital turca.
Perante este cenário a Aeroflot decidiu, por uma questão de segurança, não embarcar os quatro passageiros, referiu o funcionário da companhia russa.