Aeroporto de Baucau (Timor-Leste) está a ser reabilitado com a ajuda dos EUA

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Militares e engenheiros de Timor-Leste e dos Estados Unidos iniciaram na semana passada os trabalhos de reabilitação de parte do Aeroporto de Baucau, a segunda cidade da República de Timor-Leste, no âmbito de um acordo que visa reforçar a patrulha marítima do país.

As obras, que envolvem militares norte-americanos e elementos das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) incluem a limpeza do espaço, reparação da vedação do aeroporto e a construção de um novo armazém de apoio.

“O trabalho que hoje começa representa um passo importante no nosso empenho em apresentar resultados na reabilitação conjunto do Aeroporto de Baucau”, disse o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Díli, Tom Daley, em declarações divulgadas pela agência portuguesa de notícias ‘Lusa’.

“Os Estados Unidos estão orgulhosos desta parceria com as F-FDTL para reabilitar o aeroporto e assim reforçar as capacidades de segurança marítima, de desenvolvimento económico, de assistência humanitária e de resposta a desastres de Timor-Leste”, refere, em comunicado enviado à ‘Lusa’.

Durante o projeto que representa um investimento de mais de 10 milhões de dólares do Governo norte-americano, envolve 15 elementos do ‘554th Red Horse Squadron’ em parceria com engenheiros das F-FDTL.

O armazém de 477 metros quadrados servirá para acolher equipamento fornecido pelo país incluindo camiões de abastecimento e outros veículos.

 

Timor-Leste terá um Cessna 206 para vigilância da área marítima

A equipa conjunta vai ainda reparar a vedação do perímetro. As obras deverão estar concluídas em abril de 2022, antes da chegada ao país, ainda este ano, de um avião ligeiro monomotor Cessna 206, oferecido também pelos EUA, para vigilância da zona marítima timorense.

A iniciativa insere-se num acordo assinado em junho do ano passado pelo vice-primeiro-ministro e ministro do Plano e Ordenamento timorense, José Reis, e pelo embaixador dos Estados Unidos em Díli, Kevin Blackstone.

“Este passo irá contribuir para o progresso do plano já existente para o desenvolvimento da região leste, em específico, e de todo país”, afirmou José Reis na altura.

Na altura foi assinado igualmente um memorando que compromete os dois países “a iniciar discussões entre as partes sobre um potencial apoio para o desenvolvimento do setor de aviação civil de Timor-Leste, o que poderá ajudar a desenvolver programas para promoção do desenvolvimento económico diversificado para a área de aviação civil”.

No caso de Baucau, o projeto prevê a “edificação de capacidades para a diversificação da economia, bastante mais fragilizada pela pandemia da covid-19, contabilizando também um pilar fundamental para a economia nacional, como a defesa e segurança dos recursos económicos” timorenses.

Ainda que “de natureza puramente civil, direcionado para as atividades comerciais”, o projeto “terá como mais-valia a capacitação das F-FDTL”.

José Reis explicou que o executivo pretendia em 2022, através do Fundo de Infraestruturas, a realização de estudos de viabilidade que permitam consolidar Baucau como um Aeroporto Internacional, reforçando assim os objetivos ligados ao desenvolvimento de “infraestruturas estratégicas” essenciais para o desenvolvimento e a diversificação económica.

Igualmente importante, além da infraestrutura aeroportuária, é “o fortalecimento da cidade de Baucau como segunda cidade do sistema urbano de Timor-Leste, país do Sudoeste Asiático onde se fala português, com equipamentos e serviços de níveis superiores para a promoção de uma economia regional e fixação populacional”, afirmou o ministro timorense.

O Aeroporto de Bacau, cidade a cerca de 120 quilómetros de Díli, capital da República Democrática de Timor-Leste, tem a maior pista de aterragem do país, com uma extensão de 2.500 metros de extensão. Bacau é uma zona com grandes perspectivas de desenvolvimento, pois existe muito terreno apto para construção de instalações industriais e de habitação, se assim decidirem as autoridades nacionais. Mesmo o perímetro aeroportuário pode ser sujeito a ampliação, caso necessário. Por agora é imperativo ser dotado de equipamentos e outros melhoramentos que tornem a operação aeroportuária mais fácil e segura, bem como de um terminal que permita um melhor conforto e bem-estar para os passageiros.

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