A empresa ‘China Machinery Engineering Corporation’ (CMEC) vai construir um novo aeroporto internacional na Guiné-Bissau, nos termos de um memorando de entendimento assinado no fim-de-semana passado na cidade de Bissau, capital da República da Guiné-Bissau.
O memorando assinado com o governo da Guiné-Bissau contempla outras obras adicionais, caso da extensão do terminal de passageiros, de acordo com declarações do responsável da Direcção-Geral da Promoção do Investimento Privado (DGPIP) da Guiné-Bissau. Os dois projetos foram anunciados por Bruno Jauad, director-geral do organismo estatal, citado num despacho do portal de notícias económicas ‘Macauhub’ desta segunda-feira, dia 11 de abril.
O memorando de entendimento foi assinado no âmbito do encontro em Bissau de empresários e de delegações oficiais da China e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O único aeroporto que recebe tráfego internacional na Guiné-Bissau, denominado Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, está bastante deteriorado, e precisa de melhoramentos. Presentemente decorrem obras de reabilitação da placa de estacionamento de aeronaves comerciais, estando a ser utilizado como alternativa uma zona onde há mais de quarenta anos funcionou a ex-Base de Bissalanca da Força Aérea Portuguesa, nos tempos coloniais.
O Governo da Guiné-Bissau assume como de grande importância para o desenvolvimento do país a reabilitação do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, bem como o seu reequipamento, de forma a oferecer melhores condições aos passageiros das companhias aéreas que escalam o país, bem como a instalação de máquinas e pessoal especializado que permitam, por exemplo, manobrar carga aérea, segmento de mercado muito importante no país, mas para o qual a estrutura aeroportuária não se encontra certificada.
As últimas obras de vulto conhecidas no Aeroporto de Bissau foram inauguradas em 2005 (melhoramento do edifício da aerogare) no âmbito de um acordo entre a companhia aérea portuguesa Air Luxor, entretanto encerrada devido a falência, que criou naquele país uma companhia aérea, a Air Luxor GB, também desativada, que fazia o seu próprio ‘handling’ em Bissau, e tinha dois voos semanais para Lisboa.
A família Mirpuri, então proprietária da Air Luxor, criou ainda na Guiné-Bissau, uma empresa, a SGAB (Sociedade Gestora do Aeroporto de Bissau), a quem foi concessionada a gestão da estrutura aeroportuária. Segundo dados divulgados em 2004 a família Mirpuri terá gasto cerca de 2,5 milhões de dólares na reabilitação da aerogare.