O bastonário da Ordem dos Economistas, António Mendonça, defendeu nesta quarta-feira, dia 22 de junho, que Alcochete é a localização para o novo aeroporto da região de Lisboa que serve os interesses estratégicos do país a longo prazo.
O bastonário dos Economistas falava numa audição na Assembleia da República, requerida pelo Partido Comunista (PCP), tendo sublinhado que as ideias defendidas não correspondem a uma posição institucional da Ordem, que ainda não estudou de forma aprofundada o tema do novo aeroporto.
“Um projeto desta natureza tem de ser pensado fundamentalmente em termos estratégicos”, começou por apontar o antigo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações entre 2009 e 2011 (governo da responsabilidade do Partido Socialista), acrescentando que deve ser alcançado consenso relativamente a uma “solução de longo prazo e que se enquadre nos objetivos estratégicos do país”.
Para o economista, “o cenário de Alcochete é o que parece mais de acordo com a visão de natureza estratégica” defendida.
António Mendonça vincou que o investimento neste tipo de infraestruturas tem de ser encarado no sentido da contribuição que podem dar para recuperar as dinâmicas de crescimento económico de que o país precisa, num local que potencie novas dinâmicas económicas, em termos nacional e local.
O bastonário da Ordem dos Economistas apontou que “tudo o que havia para estudar, está estudado”, relativamente à localização do novo aeroporto, frisando que o importante “é tomar uma decisão”, defendendo que os custos de uma “não-decisão” são “muito grandes”.
“Queria chamar atenção para o desperdício nacional que está associado a este tempo todo de indecisão e tudo aquilo que foi gasto, não foi propriamente cinco tostões”, referiu.
António Mendonça defendeu também que o novo aeroporto deve ter em consideração os interesses da TAP, companhia aérea de base nacional, que já se manifestou contra a construção no Montijo e uma solução dual (Portela + 1).