Air Austral planeia nova rota Reunião-Maputo-Lisboa em parceria com a LAM

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A companhia francesa Air Austral, baseada no Aeroporto Internacional de St. Denis, na ilha da Reunião, no Oceano Índico, está em conversações com a LAM – Linhas Aéreas de Moçambique, tendo em vista a rentabilização de dois aviões Boeing 787-8 Dreamliner e a abertura de uma linha regular para Lisboa, Portugal, com escala em Maputo.

Ao abordar o futuro desenvolvimento da Air Austral, numa conferência de imprensa que teve lugar em St.Denis, no passado dia 9 de Dezembro, o presidente e CEO da companhia, Marie-Joseph Malé, revelou que a criação dessa rota é um desejo de ambas as companhias e responde à ambição da LAM voltar à Europa, nomeadamente a Lisboa, para onde não voa desde 2011, quando as companhias de Moçambique foram colocadas na ‘Lista Negra’ da União Europeia. Presentemente, a TAP realiza quatro voos por semana entre Lisboa e Maputo, em ‘code share’ com as Linhas Aéreas de Moçambique.

Mesmo depois da proibição da União Europeia, a companhia de bandeira moçambicana continuou a operar um voo semanal entre Maputo e Lisboa, com equipamento e tripulação da portuguesa EuroAtlantic Airways que, contudo, foi cancelado em 22 de Novembro de 2011, tendo os então responsáveis pela gestão da companhia alegado que estavam em processo de reestruturação.

Na conferência de imprensa realizada na semana passada, em St. Denis, o presidente da Air Austral admitiu que a companhia poderá mudar a sua frota de aparelhos Boeing para Airbus, estando a considerar uma oferta da construtora europeia para integrar os novos A350XWB, em troca com dois A380 encomendados pela antiga equipa de gestão. Uma proposta que não surpreende, já que o território insular de Reunião é um departamento ultramarino da França no Oceano Índico, frente a Moçambique.

A Air Austral voa actualmente com três Boeing 777-300ER para o Aeroporto de Paris/Charles de Gaulle, a sua rota de maior ocupação, tendo abandonado recentemente outras rotas de longo curso, para a Austrália e para a Nova Caledónia.

A nova gestão da empresa está virada agora para percursos de médio curso, com aviões de entre 200 a 250 passageiros, de forma a poder potenciar o ‘hub’ da ilha da Reunião, que a companhia considera de grande futuro nas ligações para países insulares da zona e para o continente africano, na costa do Índico, abordando não só a clientela de negócios, mas também o sector do turismo. Daí estar a considerar ainda a aquisição de aviões Airbus A330-200.

Sobre uma encomenda de dois aviões Airbus A380 feita no tempo do anterior presidente Gerard Ethève, nada foi dito. Essa perspectiva levantou, na época, grande debate no território, sobretudo pelo facto da encomenda contemplar a configuração com o maior número de passageiros, um total de 840 assentos. Fontes não oficiais da companhia dizem que existem conversações com a Airbus para transformar a encomenda dos A380, considerados com capacidade excessiva para a Air Austral em aparelhos A350XWB. Conversações que foram confirmadas pela presidente, mas sem referir os dois A380 que continuam na lista de encomendas da fábrica de Toulouse.

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