O Governo da Venezuela assinou um acordo histórico com o grupo espanhol Globalia (dono da Air Europa), anunciou a imprensa de Caracas.
Trata-se de um acordo económico que permitirá o incremento e desenvolvimento dos fluxos turísticos do exterior para a Venezuela, correspondendo às pretensões do ‘Plano Maduro’ que pretende superar o boicote económico ao país bolivariano de onde nos últimos dois anos já fugiram alguns milhões de habitantes. O protocolo inclui não só a continuação das viagens da Air Europa entre Madrid e Caracas, como também a recuperação de hotéis de nível internacional, que se encontram abandonados ou a necessitar de investimento.
Este acordo é ainda mais interessante para a Venezuela, na medida em que todas as operações que contemplam os acordos de investimento, comercialização e venda de serviços turísticos terão cobertura em ‘petros’, anunciou o vice-presidente da República da Venezuela para a Área Económica, Tareck El Aissami, que classificou o acordo como “histórico”.
A Air Europa continuará a voar entre a Espanha e a Venezuela, eventualmente com mais ligações e continuará a negociar em ‘petros’, uma moeda virtual criada pelo regime bolivariano de Maduro que foi proibida pela Administração dos Estados Unidos da América e que causa bastante receio em todos os sectores económico-financeiros internacionais. Segundo a imprensa de língua castelhana na América Central e do Sul, Juan José Hidalgo, o presidente do Grupo Globalia e da Air Europa, dá o seu apoio ao ‘petro’.
Este acordo surge poucos dias depois da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) ter atualizado a soma da dívida do Estado Venezuelano a diversas companhias aéreas internacionais que faziam (ou fazem) serviço na Venezuela. Só as companhias espanholas Air Europa e Iberia estão para receber, desde há alguns anos, 370 milhões de euros, importância relativa a vendas de bilhetes nos escritórios de Venezuela.