A Alitalia vai suspender de forma definitiva a rota Roma-Caracas-Roma, já a partir do próximo dia 1 de Abril, confirmou o administrador-delegado da companhia, Silvano Cassano, que aludiu à dívida que o Governo da Venezuela tem com a companhia aérea italiana que já ascende a 177,5 milhões de dólares. A dívida consubstancia-se na retenção de verbas que deveriam ser transferidas para Itália e que são produto da venda de passagens aéreas em Venezuela, que foram pagas com bolívares, nos últimos quatro anos.
Cassano disse que os aviões que hoje são utilizados na rota de Caracas passarão a voar para Bogotá, Colômbia, onde a Alitalia prevê um incremento de voos face ao crescimento do mercado.
A companhia já comunicou a sua decisão às autoridades aeronáuticas venezuelanas e aos seus parceiros de negócios em Caracas. Parte do pessoal será retirado do País e poderá ir reforçar a delegação de Bogotá, a partir de Abril com mais trabalho, devido ao aumento dos voos de Roma.
A Alitalia comunicou que o último pagamento que recebeu do Governo Bolivariano de Venezuela foi em Novembro de 2014.
Em Maio de 2014 a companhia italiana tinha suspendido os seus voos para Venezuela, mas retomou a operação em Setembro desse ano, face a promessas do governo de Nicolás Maduro de que iria regularizar os pagamentos. Contudo, Cassano explicou aos jornalistas que nesse tempo a companhia era propriedade total do Estado Italiano, mas agora é parte do grupo aéreo árabe Etihad.