“All right, good night” – últimas palavras do co-piloto do MH370 aos 38 minutos de voo

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As últimas palavras pronunciadas no ‘cockpit’ do Boeing 777 da Malaysia Airlines que fazia o voo MH370 foram “All right, good night” (Tudo bem, Boa noite) e terão sido proferidas pelo co-piloto Fariq Abdul Hamid. Segundo as agências noticiosas internacionais, esta frase está reportada como o último contacto verbal com a tripulação, audível pelas 01h19 locais, precisamente 38 minutos após a descolagem de Kuala Lumpur, na madrugada do sábado dia 8 de Março, e quando os pilotos já tinham ultrapassado a fase mais perigosa da subida até um tecto estável para aceder à velocidade de cruzeiro de voo.

Passados dez dias sobre o desaparecimento do avião malaio com 239 ocupantes a bordo, ainda não existem quaisquer pistas que possam conduzir à sua localização ou indícios que confirmem destroços de uma eventual queda no mar. Continua tudo em aberto e as investigações dos últimos três dias estão concentradas na vida dos dois pilotos e nos seus hábitos e passatempos, como já referimos na nossa notícia do passado domingo (link aqui).

As autoridades malaias estão a escalpelizar todo o passado dos dois tripulantes na tentativa de encontrar algum elemento que, eventualmente, sustente uma situação de suicídio, quer por motivos pessoais, quer por associação terrorista. O mesmo acontece em relação a alguns passageiros, que embarcaram irregularmente, uma questão que, por sua vez, não isenta de culpas o serviço de controlo de fronteiras da Malásia, pouco eficiente e muito permissivo, como se verifica pelas notícias posteriores ao desaparecimento do avião.

Ahmad Jauhari Yahya, director-geral da companhia aérea, confirmou esta manhã em Kuala Lumpur, que as últimas palavras registadas e ouvidas foram do co-piloto, como referem os despachos das agências internacionais. Contudo, deixou claro que não há certeza sobre quem controlava o Boeing 777 quando, dois minutos depois da despedida do co-piloto, o sistema de comunicações do aparelho foi desligado.

Continuam a ser estudados os diversos registos que indicam controlos do avião em radares civis e militares e que não são coincidentes. Incluindo um que veio de um satélite que dava o avião a navegar, pelas 08h11 locais, numa situação geográfica pouco definida, mas que estava situada no interior de um grande arco assente entre a Malásia e a Ásia Central. Um segundo arco, também desenhado depois de ter sido aventada a hipótese de que o avião teria se deslocado para fora da sua rota pré-definida até Pequim, também está a ser pesquisado e chega até à Austrália.

Ontem, em conferência de imprensa, o Inspector-Geral da Polícia da Malásia, Tan Sri Khalid Abu Bakar, disse aos jornalistas que todas as sugestões e desconfianças seriam analisadas. Neste momento estão ser investigados os tripulantes sob quatro perspectivas fundamentais: pirataria aérea, sabotagem do aparelho, problemas pessoais e envolvimentos pessoais. Mas não só os tripulantes do avião desaparecido, alertou o oficial da polícia. “Também estamos a investigar todos quantos em terra lidaram com o avião nesse dia”, esclareceu o Inspector-Geral da Polícia.

 

  • Imagem: Fotomontagem do jornal ‘The Star’ de Kuala Lumpur, Malásia

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