A American Airlines, afetada pela queda na procura de voos devido à pandemia de covid-19, indicou nesta terça-feira, dia 25 de agosto, que poderá dispensar 19.000 funcionários em outubro se, até essa data, não receber novas ajudas do Estado.
A American e as outras grandes companhias aéreas norte-americanas beneficiaram de um pacote total de 25 mil milhões de dólares aprovado pelo governo em março, e em troca comprometeram-se a não eliminar empregos até 30 de setembro.
Mas, quando a ajuda financeira foi aprovada, “pensava-se que a 30 de setembro o vírus estaria sob controlo e a procura por bilhetes de avião teria recuperado, o que não foi o caso”, sublinharam responsáveis da American Airlines numa carta enviada aos funcionários e ao regulador da bolsa norte-americana, SEC.
Desde então, mais de 12.500 funcionários optaram por deixar a companhia e 11.000 ficaram em licença sem vencimento.
Esses “sacrifícios” não são suficientes face à baixa atividade da empresa, referem o presidente, Doug Parker, e o responsável pelas operações da companhia aérea, Robert Isom, na carta enviada aos trabalhadores.
No quarto trimestre, a American Airlines prevê que os voos estejam a 50% da sua capacidade. Os voos internacionais de longo curso são particularmente afetados, com a atividade reduzida a 25% da registada em 2019. A empresa tomou também a decisão de encerrar algumas ligações para aeroportos pequenos.
A American Airlines, que tinha mais de 130.000 funcionários a tempo inteiro em finais de março, terá necessidade de menos 40.000 pessoas em outubro. Em julho, a companhia já tinha avisado que poderia despedir até 25.000 trabalhadores.
As empresas e sindicatos do setor têm vindo a insistir em novas ajudas aos transportadores aéreos.