O primeiro-ministro português, António Costa, assegurou na sexta-feira, dia 24 de julho, que “não haverá aeroporto do Montijo” sem se resolver os problemas ambientais detetados no município da Moita, mas sublinhou que o Governo não irá desistir.
A questão foi colocada no debate do Estado da Nação pelo líder parlamentar do Partido Ecologista “Os Verdes”, José Luís Ferreira, que acusou o Governo de estar a ponderar ultrapassar a lei para “passar por cima” das Câmaras Municipais que discordam do Governo sobre o futuro aeroporto, que servirá de apoio ao que atualmente assegura o movimento de aeronaves na capital portuguesa (Aeroporto Humberto Delgado).
O primeiro-ministro garantiu que o Governo “tem feito um grande esforço negocial”, e recordou que ele próprio se reuniu com os presidentes das Câmaras do Seixal e da Moita.
António Costa acrescentou que no Seixal “não foi identificado nenhum problema específico que não seja a oposição geral à localização”, mas que na Moita existe impacto ambiental na freguesia da Baixa da Banheira, estando a ser desenvolvido em conjunto com a autarquia um projeto de intervenção específica.
“Se me pergunta se tem sido fácil, não tem sido fácil, mas como somos persistentes não desistimos. Não haverá aeroporto do Montijo sem resolver os problemas ambientais da Moita e, em particular, na Baixa da Banheira”, assegurou.
Sem resposta ficou outra pergunta de José Luís Ferreira, que questionou António Costa sobre os alertas lançados por alguns autarcas de que terão de financiar parte do plano de retirada de amianto das escolas, ao contrário do anunciado.