António Costa trata futuro da TAP com cautela e vai esperar pela resolução da UE

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O primeiro-ministro português António Costa recusou-se a colocar já na agenda qualquer revisão do plano estratégico da TAP e adiantou que o Governo vai aguardar pelo quadro europeu de medidas para o setor da aviação civil, prometidas para reerguer o setor no período pós-pandemia.

Esta posição foi transmitida nesta quinta-feira, dia 30 de abril, por António Costa em entrevista à RTP, depois de ter sido confrontado com declarações proferidas pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, na quarta-feira, no parlamento, sobre o futuro da TAP, em que admitiu que o Estado poderá entrar na comissão executiva da empresa.

Na parte final da entrevista, que durou cerca de uma hora, os jornalistas António José Teixeira e Carlos Daniel confrontaram António Costa com o facto de Pedro Nuno Santos, nessa audição parlamentar, ter afirmado sobre a TAP que, se “é o povo a pagar, é bom que seja o povo a mandar” (LINK notícia relacionada).

António Costa respondeu: “Eu não quero estar aqui em especulações, as negociações entre sócios não se devem fazer através da comunicação social”.

“Neste momento absolutamente atípico em que estamos, não se devem fazer revisões de planos estratégicos. É altura para parar, aguentar, ver e depois pensar quando tivermos dados suficientemente sólidos para antever aquilo que é o futuro”, sustentou o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro observou depois que a União Europeia (UE) está a preparar um plano específico para responder à crise no setor da avaliação civil.

“O Estado Português deve ter em conta qual é o quadro europeu, quais são os instrumentos que vamos ter na Europa. Temos uma posição acionista muito relevante na TAP, com uma distribuição de poderes que foi estabelecida numa determinada circunstância. Se as circunstâncias de alterarem, essa relação de poderes também se deve alterar”, advertiu.

Questionado sobre a alusão do ministro das Infraestruturas ao passivo da TAP já com a atual gestão, o líder do executivo apontou que essa dívida foi contraída “num quadro de um plano estratégico que a empresa tinha, também aprovado pelo Estado, e que previa uma estratégia de investimento”.

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