Um avião de carga Antonov An-26 caiu na manhã desta terça-feira, dia 2 de novembro, poucos minutos após descolar do Aeroporto Internacional de Juba, capital do Sudão do Sul, país da África Oriental. Não há sobreviventes, entre os ocupantes do aparelho, dois pilotos de nacionalidade russa e mais três tripulantes cuja nacionalidade é desconhecida.
Trata-se infelizmente de mais uma triste ocorrência com um avião comercial numa das zonas geográficas onde acontecem mais acidentes aéreos e onde a fiscalização das aeronaves, quer no que respeita ao cumprimento dos prazos de manutenção técnica, quer ao conteúdo das suas cargas e arrumação a bordo, deixa muito a desejar.
Algumas das companhias que baseiam aeronaves no território do Sudão do Sul, um país dilacerado por uma guerra entre facções, operam fora dos parâmetros observados internacionalmente, beneficiando da tolerância das entidades oficiais, já que o transporte aéreo é essencial aos fornecimentos a populações isoladas, face às estradas completamente destruídas ou porque estas atravessam zonas dominadas por grupos rivais. Um problema sério, que atrai ao jovem país africano pilotos do Leste Europeu e aviões com dezenas de anos de serviço, como são a maioria dos Antonov que por lá andam, construídos no tempo da ex-União Soviética, muitos dos quais não são submetidos às inspeções e verificações técnicas obrigatórias.
O acidente desta terça-feira ocorreu nos arredores do aeroporto, na localidade de Kondokovo. O avião, matrícula TR-NGT, embarcou carga diversa, na qual estavam incluídos 28 barris de fuel para abastecimento de máquinas. Viajava para Maban, no estado do Alto Nilo. O avião, que pertencia à companhia Optimum Aviation, fazia um voo charter. Perdeu altitude segundos após a descolagem e não conseguiu recuperar, por motivos desconhecidos.
A Cruz Vermelha do Sudão do Sul informou que os destroços ficaram totalmente calcinados, tendo sido recuperados os corpos que foram entregues às autoridades.
- A imagem de abertura mostra os destroços do avião após o incêndio. Foto © Cruz Vermelha Internacional/Juba, Sudão do Sul