A criação de taxas de turismo nos Açores, a incidir sobre o alojamento e os passageiros dos cruzeiros, que está enquadrada no projeto de diploma aprovado nesta quinta-feira, dia 21 de abril, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, merece da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) oposição nos moldes e pelo momento em que foi apresentada.
Trata-se, na opinião da APAVT, “de um agravamento dos custos de contexto da atividade turística que, particularmente na atual conjuntura económica, penaliza a competitividade do destino”.
Acresce que a implementação de uma taxa uniforme para o conjunto de ilhas que compõem o arquipélago dos Açores, trata de modo igual o que é diferente, com todas as desvantagens que daí advêm.
A associação dos agentes de viagens portugueses considera que “a fixação de um valor mínimo para a taxa de alojamento, deixando ao critério de cada uma das autarquias o valor a aplicar, constitui uma imprevisibilidade que não pode existir na atividade turística e que constituirá, certamente, mais um constrangimento ao desenvolvimento do turismo na Região”.
Acresce ainda que se deixa espaço a que a voracidades das autarquias provoque a criação de taxas turísticas de valor que acarrete problemas ao nível da competitividade do destino.
Tendo em conta a importância do Turismo enquanto sector crucial para a retoma e o desenvolvimento da economia nacional, com forte impacto a nível local, a criação destas taxas é absolutamente desajustada deste desígnio, pelo que a APAVT entende que se deve apelar ao bom senso das autarquias, coartando esta medida à nascença.