A Empresa Nacional de Segurança Aérea (ASA) da República de Cabo Verde inaugurou na tarde desta sexta-feira, dia 7 de julho, o novo sistema de gestão de tráfego aéreo, enquadrado na estratégia de modernização das infraestruturas tecnológicas, em ato presenciado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.
Considera-se que com o lançamento desse sistema de ponta de gestão de tráfego aéreo e respetivos subsistemas de suporte, a ASA dá um “grande salto” tecnológico, assegurando a conectividade entre as ilhas do País, e garantindo a segurança dos voos que atravessam o Atlântico.
No seu discurso de ocasião, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, começou por felicitar a ASA pela realização desse investimento com impacto “muito forte” no seu negócio, reconhecendo ao mesmo tempo, o “bom desempenho” da empresa a nível da gestão, e ambição de ter tecnologias de ponta, colocando Cabo Verde como uma referência a nível da navegação aérea.
“Mas reconhecer o bom desempenho da empresa, particularmente, por causa de momentos difíceis que nós atravessamos (…). Os transportes aéreos e o turismo foram os sectores mais atingidos pela pandemia. E todos nós estivemos em combates muito difíceis”, rememorou, sublinhando que o exemplo da ASA é de recuperação, resiliência e determinação.
“E os resultados estão à vista e são reconhecidos”, completou, considerando que este investimento representa um salto tecnológico “importante”.
“Este mundo está em alterações muito fortes, estamos num sector tecnologicamente muito exigente, em mutações constantes, e a nossa capacidade tem que estar à altura para não perdermos aquilo que é a ambição de sermos competitivos”, ponderou, asseverando que a segurança é o fator fundamental para acreditar o País.
Por seu lado, o presidente do conselho de administração da ASA, Jorge Benchimol, realçou o facto de nos últimos anos, a empresa ter investido mais de um milhão de contos nos recursos humanos e tecnológicos, incluindo a gestão da informação aeronáutica, já implementada, e o serviço de informação aeronáutica, incluindo a gestão de mensagens, esta em execução, conforme explicou.
“Ultrapassado o período difícil da pandemia, os números da navegação aérea, nomeadamente dos sobrevoos na FIR do Sal, aproximam-se do ano 2019. Essa reforma confirma que a opção feita em matéria de investimentos foi correta. O sistema que hoje estamos a lançar foi projetado no exato momento da eclosão da covid-19. Foi nossa opção seguir o estabelecido no Plano Diretor da Navegação Aérea”, conta.
Jorge Benchimol concluiu, enfatizando que uma ASA forte, comprometida e inovadora é um “ativo valioso” para Cabo Verde.
E para o diretor de vendas da empresa Indra, líder mundial europeu no domínio de pesquisa e desenvolvimento de soluções tecnológicas para a navegação aérea, quem desenvolveu este sistema, Cabo Verde tem um espaço aéreo estratégico a nível mundial, sendo “um ator chave” no corredor atlântico, entre América do Sul e Europa.
“A ASA, portanto, dispõe de um sistema de gestão do tráfego aéreo e comunicação de última geração, com tecnologia de ponta. Cabo Verde dispõe dos mesmos sistemas de tráfego aéreo que países como Alemanha, Suécia, e outros”, sublinhou.
“Este sistema permitirá à ASA gerir o espaço aéreo com mais elevado nível de segurança e o máximo respeito para o meio ambiente”, finalizou aquele responsável.
- Texto INFORPRESS – Agência Cabo-Verdiana de Notícias.
- Fotos © ASA/Cabo Verde