A Boeing prevê que a demanda da indústria de aviação comercial por pilotos e técnicos de manutenção continuará crescendo fortemente e acompanhando a expansão da frota global nos próximos 20 anos.
O documento ‘Perspectiva para Pilotos e Técnicos 2014 da Boeing’, divulgado anteontem nos Estados Unidos, durante a maior feira mundial da aviação geral, a ‘EAA Air Venture Oshkosh’, projecta que, de 2014 a 2033, o sistema de aviação mundial precisará de 533 mil novos pilotos para companhias aéreas comerciais e 584 mil novos técnicos de manutenção para companhias aéreas comerciais.
“O desafio de suprir a demanda global por profissionais de aviação comercial não pode ser solucionado por apenas uma empresa ou uma região do mundo, pois é uma questão global que somente pode ser solucionada por todas as partes envolvidas – companhias aéreas, fabricantes de aeronaves e equipamentos de treino, organizações de treino, agências reguladoras e instituições de ensino ao redor do mundo”, afirma Sherry Carbary, vice-presidente da Boeing Flight Services.
O documento da construtora aeroespacial norte-americana projecta um aumento contínuo na procura por pilotos, que já cresceu cerca de 7% em relação a 2013; e por treinamento em manutenção, que cresceu pouco mais de 5%. Actualmente, a demanda por pilotos na região Ásia Pacífico representa 41% da demanda mundial. No Oriente Médio, observou-se um aumento expressivo desde a projecção do ano passado, resultado da ampliação da capacidade das companhias aéreas e do aumento nas encomendas de aeronaves de fuselagem larga (widebody), modelos que requerem uma tripulação maior.
No geral, a demanda global é estimulada pelo aumento contínuo nas entregas de aeronaves, especialmente de modelos de fuselagem larga, representando uma procura anual de cerca de 27.000 novos pilotos e 29.000 novos técnicos.
Demanda projectada de novos pilotos e técnicos por região:
• Ásia Pacífico – 216.000 pilotos e 224.000 técnicos
• Europa – 94.000 pilotos e 102.000 técnicos
• América do Norte – 88.000 pilotos e 109.000 técnicos
• América Latina – 45.000 pilotos e 44.000 técnicos
• Oriente Médio – 55.000 pilotos e 62.000 técnicos
• África – 17.000 pilotos e 19.000 técnicos
• Rússia e CEI – 18.000 pilotos e 24.000 técnicos