Avião da Hi Fly repatria britânicos das ilhas Falklands/Malvinas

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Um avião Airbus A340-300 do grupo português Hi Fly, registado na empresa subsidiária com sede na ilha de Malta (9H-SOL), foi deslocado para a América do Sul, de onde realizou um voo de repatriamento de cidadãos britânicos que estavam nas Ilhas Falklands (Malvinas). Aterrou na manhã desta quarta-feira, dia 25 de março, no Aeroporto de Londres/Gatwick, na capital do Reino Unido.

O avião descolou inicialmente do Aeroporto de Beja, em Portugal, onde estava baseado, no sábado dia 22 de março, com destino ao Rio de Janeiro, no Brasil, onde chegou pelas 02h00 da madrugada de domingo. Depois do necessário e regulamentar período de descanso da tripulação, o avião descolou na manhã desta terça-feira, dia 24, para o Aeroporto de Mount Pleasant, uma base aérea das Forças Britânicas destacadas no Atlântico Sul (British Forces South Atlantic Islands), numa viagem de cerca de 04h40. O avião descolou depois pelas 15h05 locais (18h05 UTC), já com os passageiros, novamente com destino ao Rio de Janeiro, onde pousou pelas 17h08 locais para uma nova escala técnica e de reabastecimento, seguindo em direção à Grã-Bretanha pelas 21h40 locais (00h40 UTC), tendo aterrado em Londres pelas 11h07 locais (mesma hora UTC) desta quarta-feira, dia 25 de março, segundo os registos do ‘FlightRadar24’.

Este voo obteve uma permissão especial do Governo do Brasil, para duas escalas técnicas, já que o Brasil pertence ao grupo de países que apoia as reivindicações argentinas sobre o território das Ilhas Falklands, também conhecidas por Ilhas Malvinas, onde em 1982 a Argentina e o Reino Unido se envolveram num conflito bélico conhecido pela ‘Guerra das Malvinas’, no qual os britânicos recuperaram a posse das ilhas, depois de uma invasão por forças leais à Junta Militar que então governava a Argentina.

O que se está a passar presentemente é que a República de Cabo Verde proibiu todas as escalas de aviões provenientes de países europeus, com casos declarados de covid-19 e o avião Airbus A330 da Air Tanker, uma companhia que assegura voos de passageiros e logísticos para a Royal Air Force (Força Aérea Britânica) e entidades públicas do Reino Unido, não pode realizar esses voos entre o Reino Unido e as Ilhas Falklands.

O avião necessita de uma escala técnica para reabastecimento, o que acontece desde há muitos meses no Aeroporto do Sal, na República de Cabo Verde, e que se tornou impossível pela actual situação. A escala normal dos voos entre o Reino Unido (normalmente da base aérea de Brize Norton, em West Oxfordshire) é na ilha de Ascensão, no Atlântico Sul, mas o aeroporto da ilha, que é também uma base militar, está a passar por obras profundas na pista, que só estarão prontas em 2022.

A Hi Fly aliás, já teve durante alguns anos um avião a fazer semanalmente a rota Brize Norton-Ilha de Ascensão-Mount Pleasant, ao serviço da Royal Air Force, transportando militares e familiares, além de outros funcionários britânicos que se deslocam às ilhas ou residentes que se deslocam à Grã-Bretanha.

 

  • Na imagem de abertura vemos o avião e a tripulação da Hi Fly fotografados no Aeroporto de Mount Pleasant, nas Falklands/Malvinas. Foto © Hi Fly

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