Aviões comerciais devem evitar sobrevoar o Irão e o Iraque, recomenda a EASA

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“Com base em todas as informações disponíveis, a recomendação face às atuais condições de segurança é que sobrevoar o Irão a qualquer altitude deve ser evitado até novo aviso, como medida de precaução”, afirmou a Agência Europeia de Segurança da Aviação (EASA) num comunicado de imprensa.

A agência disse que as instruções para o vizinho Iraque também não mudaram e que as companhias aéreas também devem evitar sobrevoar aquele país.

Após vários dias de negação, as autoridades iranianas admitiram no fim-de-semana passado que a sua defesa aérea abateu, por engano, na quarta-feira, dia 8 de janeiro, um avião ucraniano, num contexto de grande tensão regional.

“Esta é uma situação muito evolutiva e uma nova avaliação será feita com a Comissão Europeia e os Estados-membros da União Europeia no início da próxima semana”, acrescentou a EASA.

Muitas companhias aéreas, incluindo a francesa Air France e a alemã Lufthansa, já tinham anunciado medidas cautelares em relação aos voos para o Médio Oriente, incluindo a proibição dos seus aviões sobrevoarem o espaço aéreo iraniano e iraquiano, após ataques iranianos contra bases neste país, e o acidente com o Boeing ucraniano perto de Teerão.

O Presidente do Irão, Hassan Rohani, prometeu “levar à justiça” os responsáveis pelo abate, de forma inadvertida, do avião civil ucraniano com um míssil iraniano, divulgou a Presidência da Ucrânia, precisando que a promessa foi feita durante uma conversa telefónica com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy.

O Irão admitiu no sábado, dia 11 de janeiro, responsabilidades no derrube do aparelho da companhia Ukraine International Airlines (UIA) na quarta-feira passada, tendo informado que o avião civil ucraniano tinha sido abatido inadvertidamente por militares iranianos que o confundiram com um míssil de cruzeiro devido ao estado de alerta decretado por causa da recente escalada de tensão entre Washington e Teerão.

A declaração de Teerão surge depois de informações avançadas por alguns países, nomeadamente os Estados Unidos e o Canadá, indicando que o aparelho poderia ter sido abatido, inadvertidamente, pelo sistema de defesa antiaéreo iraniano.

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