O Governo da Coreia do Sul anunciou nesta segunda-feira, dia 30 de dezembro, a realização de “inspeções rigorosas de segurança” à companhia aérea de baixo custo Jeju Air, na sequência de dois episódios com problemas no trem de aterragem, um dos quais causou a morte a 179 pessoas (LINK notícia relacionada), naquele que é o pior acidente de sempre da aviação civil em solo sul-coreano.
“Planeámos implementar inspeções rigorosas de segurança aérea, em resposta aos incidentes com os trens de aterragem”, afirmou Joo Jong-wan, responsável pelo departamento de aviação no ministério sul-coreano dos Transportes, após uma reunião realizada na manhã desta segunda-feira, em Seul.
A reação do Governo sul-coreano surge depois de, no domingo, um acidente com um avião da Jeju Air no Aeroporto Internacional de Muan (sul) causar a morte de 179 pessoas e de, já na manhã desta segunda-feira, dia 30, um segundo avião da mesma companhia aérea ter registado um problema semelhante, forçando-o a regressar ao aeroporto de partida.
Joo referiu que a Jeju Air, uma das principais transportadoras aéreas de baixo custo do país, é conhecida pela elevada taxa de utilização dos aviões, o que, segundo alguns peritos, poderá ter contribuído para os incidentes.
O funcionário do ministério sul-coreano dos Transportes acrescentou que o Conselho Nacional de Segurança dos Transportes dos Estados Unidos vai estar envolvido na investigação dos incidentes e que a Boeing, fabricante de ambos os aviões do mesmo modelo, também foi contactada para cooperar.
Um avião da Jeju Air foi hoje forçado a regressar ao aeroporto de partida, o Aeroporto Internacional de Gimpo, na ponta ocidental de Seul, depois de registar uma anomalia com o trem de aterragem, semelhante ao problema ocorrido com o aparelho que falhou a aterragem no domingo no aeroporto de Muan, acidente que causou a morte de 179 pessoas.
O voo 7C101 da Jeju Air, que partiu do aeroporto internacional de Gimpo com destino a Jeju, no sul da Coreia do Sul, às 06h37 locais desta segunda-feira (21h37 UTC de domingo), detetou um problema no trem de aterragem pouco depois de levantar voo.