Dois aviões de bandeira russa – um Ilyushin Il-62M e um Antonov An-124-100, ao serviço das Forças Armadas da Rússia – chegaram no sábado, dia 23 de março, ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetia, no Estado de Vargas, que serve a capital da Venezuela.
O jornal ‘El Universal’, que se publica em Caracas, e que não está alinhado com o Governo de Nicolas Maduro, anunciou na sua edição deste domingo, dia 24 de março, que os aviões desembarcaram 99 militares russos e 35 toneladas de carga, cujo conteúdo é desconhecido. A missão russa viaja sob o comando do major-general Vasilly Tonkoshkuron, acrescenta o jornal.
Outro jornal diário venezuelano, o ‘La Prensa’, que se publica no Estado Lara, noticia que os militares foram recebidos por Marianny Mata Quijada, diretora-geral do Escritório de Integração e Assuntos Internacionais, e pelo diretor das Forças de Ações Especiais da Venezuela (FAES), Edgar Colina Reyes.
Não se conhecem declarações do lado dos apoiantes de Maduro acerca da missão que leva a Venezuela os militares russos, nem tão pouco sobre as mercadorias desembarcadas que saíram diretamente do avião para os camiões, dentro do aeroporto, tapadas para não serem identificadas. Especula-se que serão armas ou material bélico, para reforçar as denominadas Forças Armadas Bolivarianas, mas há também quem fale que se trata de maquinaria para responder a algumas faltas de equipamentos técnicos no País, nomeadamente no sector da eletricidade e energia.
Para já, e de concreto, sabe-se que os dois aviões descolaram da base militar de Chkalovsky, em Kaliningrado, na Rússia. Fizeram uma escala no Aeroporto Internacional de Bassel Al-Assad, na cidade portuária de Latakia, na Síria, onde poderá ter embarcado material de guerra que já não está a ser utilizado pelos militares russos que estavam empenhados na guerra da Síria. Retomaram depois viagem para Venezuela, tendo feito uma escala no Aeroporto de Dakar, no Senegal, na África Ocidental.
- As fotografias que publicamos foram divulgadas na conta de Twitter de Federico Black B., um venezuelano que é consultor de comunicação, que diz tê-las recebido de origem desconhecida. Foi feita prova das imagens junto de pessoas que trabalham no Aeroporto de Maiquetia e que assistiram à operação de chegada e desembarque dos aviões e militares russos.