O protótipo do AgustaWestland AW609 que se despenhou no dia 30 de outubro, no norte de Itália, vitimando os pilotos de teste Herb Moran e Pietro Venanzi, estava a realizar um plano de voo que incluía testes de alta velocidade, confirmou o construtor, ao revelar mais detalhes sobre o acidente fatal. A AgustaWestland disse que os testes no plano de voo se destinavam a demonstrar determinadas capacidades, de acordo com a Federal Aviation Administration (FAA) e já tinham sido realizados em anteriores voos. O avião envolvido no acidente era o protótipo Nº 2, com a matrícula N609AG. Tinha sido montado em Itália e efectuou o seu primeiro voo no dia 9 de novembro de 2006. Tinha acumulado 567 horas de voo desde então e era suposto completar o programa de testes no final de 2016.
A AgustaWestland disse que o avião demonstrou estar totalmente em serviço nos pré-testes de voo, na manhã em que se despenhou e acrescentou que estes testes foram completados pouco depois de ter descolado. O avião partiu da sede do construtor em Cascina Costa di Samarate (Varese), em Itália, às 10h15 (hora local). Às 10h42, 27 minutos depois da descolagem, os sinais de telemetria em tempo real do avião perderam-se sem posterior contacto. O avião acidentado foi posteriormente encontrado perto de Santhia (nos arredores de Vercelli), aproximadamente a 50 quilómetros de Cascina Costa. O construtor disse que estava a apoiar uma investigação completa e transparente ao acidente, liderada pela agência nacional italiana de segurança de voo (ANSV), mas acrescentou que formular uma teoria sobre as possíveis causas do acidente era “absolutamente prematuro” enquanto a investigação decorre.
Dado que o avião estava matriculado nos Estados Unidos e estava a operar de acordo com os regulamentos da FAA, tanto a FAA como o National Transportation Safety Board (NTSB) estão envolvidos na investigação. As outras autoridades de investigação são o Procurador de Vercelli, a Autoridade Italiana para a Aviação Civil (ENAC) e a Agência Europeia para a Segurança na Aviação (EASA).
Relativamente ao futuro do programa do AW609, a AgustaWestland disse estar “totalmente comprometida a minimizar qualquer atraso provocado por este acidente e que a subsequente investigação possa vir a ter no programa. O terceiro protótipo está actualmente a ser montado em Itália e deverá ser completado no final do ano.