Azul pode cancelar encomendas à Embraer se nova lei for aprovada no Congresso

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A Azul Linhas Aéreas, terceira maior empresa aérea do Brasil, pode adiar ou cancelar encomendas de jatos regionais da Embraer, terceira maior construtora aérea do mundo, se o Congresso Nacional aprovar um novo projeto sobre aviação regional que está neste momento em discussão, disse o presidente-executivo da companhia à Reuters na segunda-feira, dia 10 de Novembro.

O projeto de lei, elaborado segundo propostas sugeridas pela presidente Dilma Rousseff, tiraria vantagem competitiva aos jatos feitos pela Embraer nas rotas regionais que o governo quer incentivar, referem os críticos do novo plano governamental.

“O que está acontecendo é uma distorção do plano, que torna mais atraente voar com aviões maiores”, disse o presidente-executivo da Azul, Antonoaldo Neves, que por isso levanta a hipótese da companhia vir a trabalhar, em rotas internas, com aviões maiores da Boeing ou da Airbus.

Segundo Antonoaldo Neves, um pedido de 30 unidades da próxima geração de aeronaves E195-E2 da Embraer, que entrará em serviço em 2019, está em jogo. Ele disse que também não teria necessidade de oito jatos da geração atual E195, que devem ser entregues em 2015.

O plano de aviação regional está se transformando em uma das primeiras grandes lutas legislativas desde a reeleição de Dilma no mês passado, já que ele enfrenta parlamentares encorajados por vitórias regionais da oposição.

O senador Fernando Flexa Ribeiro (PSDB-PA), relator do projeto de lei, vai se reunir com ministros hoje, em Brasília, antes de uma votação por uma comissão.

Flexa Ribeiro disse à Reuters que quer remover o limite de 60 lugares subsidiados em voos regionais e em vez disso propor subsídio de 50 por cento dos assentos.

Antonoaldo Neves reclamou que a medida incentivaria o uso de aviões maiores e desencorajaria companhias aéreas a adicionar mais rotas para aeroportos mais carentes. “Se o plano for aprovado sem limite de assento, eu vou sair de 20 cidades no próximo ano”, disse. “Vou levar esses recursos e colocá-los em cidades onde posso voar aviões maiores.”

1 COMENTÁRIO

  1. A noticia não informa a PL em questão, quero dizer seu numero e ano, a Gol e a Embraer são empresas que atuam no Brasil e tem o direito de se defenderem de medidas que vão contra os interesses do Brasil, sendo estas empresas brasileiras antes e se tornarem Multinacionais. se estiver sendo apreciado pela camara dos deputados e senadores eu como cidadão tenho o direito de poder defender as empresas que geram posto de trabalho no Brasil, informando os legisladores do meu não apoio a tal PL atraves do 0800-619-619 da Camará dos Deputados.

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