Um avião cargueiro Boeing 737-400SF da companhia brasileira TOTAL Cargo, filial de carga da Total Linhas Aéreas, ficou destruído na madrugada deste sábado, dia 9 de novembro, devido a um incêndio na cabina quando se aprontava para aterrar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
O voo OT5682 tinha descolado do Aeroporto Internacional de Vitória, no Estado do Espírito Santo, pelas 23h34 de sexta-feira, dia 8 de novembro, (02h34 UTC deste sábado, dia 9), em voo regular de transporte de mercadorias. Durante o percurso não foram verificadas quaisquer anomalias. Apenas quando os pilotos começaram os procedimentos para aterragem, que se verificaria às 02h34 locais, é que se depararam com o alarme de fogo a bordo, tendo sido alertados pela torre de controlo aéreo do aeroporto que as chamas já eram visíveis fora da aeronave.
Os pilotos aterraram normalmente e cortaram motores, tendo o aparelho se imobilizado já rodeado pelos bombeiros do aeroporto, no primeiro ataque ao incêndio. A porta da cabina de comando foi mantida fechada para evitar a propagação das chamas e os dois tripulantes desceram por uma corda através das janelas do cockpit, uma situação prevista nos manuais de voo e que é treinada pelos tripulantes visando ocorrências semelhantes.
O fogo foi muito intenso e destruiu praticamente a cabina do avião, matrícula PS-TLB, que se encontrava ao serviço desde 1994. Tinha entrado neste ano ao serviço da companhia brasileira. Certamente não voltará a voar, dados os estragos verificados.
A aeronave sinistrada foi removida para uma zona remota do aeroporto cerca das 09h15 locais e a pista foi dada como operacional pelas 12h30 deste sábado.
O Aeroporto Internacional de Guarulhos tem duas pistas paralelas de serviço, pelo que o movimento de aeronaves não foi interrompido.
O CENIPA, organismo ligado à Aeronáutica Militar que investiga incidentes e acidentes aéreos no Brasil, tomou conta da ocorrência.
Em maré de azar, a TOTAL Cargo perde assim, neste ano, um segundo avião de transporte de carga, depois de um outro ter ficado submerso na água e na lama, no Aeroporto Internacional Salgado Filho, na cidade de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, durante as trágicas inundações de maio passado.