Boeing 777-200ER da Malaysia abatido por separatistas ucranianos – 298 mortos

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O Boeing 777-200ER da Malaysia Airlines que nesta tarde de quinta-feira, dia 17 de Julho, se despenhou em território ucraniano terá sido abatido perto da fronteira com a Rússia, de acordo com um comunicado emitido pelo Presidente da República da Ucrânia. A informação foi avançada por Anton Geraschenko, assessor do ministro do Interior ucraniano à agência noticiosa russa ‘Interfax’, citada pela agência financeira ‘Bloomberg’.

O avião terá se despenhado a cerca de 50 quilómetros da fronteira com a Rússia, perto da região de Donetsk, onde as tropas fiéis ao governo ucraniano combatem os separatistas pró-russos, apoiados pelo Governo de Moscovo.

Anton Geraschenko escreveu também na sua página no Facebook, que os rebeldes tinham abatido o avião.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, publicou um comunicado no seu site oficial, no qual informa que as tropas ucranianas, que actualmente combatem os rebeldes pró-russos, não são responsáveis pela queda do avião. Poroshenko afirmou ainda que irá nomear uma comissão para abrir um inquérito e investigar o acidente que terá causado 295 mortes.

Em Kiev, capital da Ucrânia, o governo tinha anunciado nesta manhã que um avião militar russo tinha derrubado um caça ucraniano no espaço aéreo do país na noite de ontem, dia 16 de Julho, escreveu esta tarde o ‘The New York Times’, pelo que tudo leva a crer que o avião comercial da Malaysia Airlines terá sido apanhado no conflito, uma vez que se encontrava em espaço aéreo ucraniano, a cerca de 50 quilómetros da fronteira com a Rússia.

Aleksandr Boroday, primeiro-ministro da República Popular do Donetsk, recusa a conclusão do governo ucraniano e rejeita uma intervenção dos independentistas apoiados pelos russos. Boroday diz que o acidente é “uma provocação dos militares ucranianos”.

 

Avião procedia de Amesterdão (Holanda) e seguia para Kuala Lumpur (Malásia)

O Boeing 777-200ER, matrícula 9M-MRD, que terá sido abatido na Ucrânia, viajava de Amesterdão, na Holanda, para Kuala Lumpur, capital da Malásia, e fazia o voo MH17. A descolagem do Aeroporto de Schiphol/Amesterdão verificou-se pelas 12h14 locais (10h14 UTC) e deveria chegar pela manhã de sexta-feira, dia 18 de Julho, ao seu destino.

A companhia aérea malaia confirmou na sua conta de Twitter que tinha perdido o contacto com o aparelho precisamente quando este sobrevoava o espaço aéreo da Ucrânia. Mais tarde comunicou que o último registo do avião em voo era das 14h15 (UTC).

Notícias que chegam através das agências noticiosas internacionais e das redes sociais afirmam que o avião voava a cerca de 10 mil metros de altitude quando desapareceu dos radares e diversas pessoas em terra, na zona do impacto, dizem ter sentido uma explosão e logo uma coluna de fumo negro a se erguer do solo. Há diversos vídeos amadores feitos com telefones móveis, que mostram à distância esse momento.

Não é conhecida, por enquanto, qualquer reacção do governo de Moscovo. A Boeing, nos Estados Unidos, e o ‘Foreign Office’, em Londres, anunciaram que estão a desenvolver todos os seus esforços para entenderem o que se terá passado com o Boeing 777-200ER da Malaysia Airlines que se despenhou em território ucraniano.

 

Segundo acidente fatal de grande dimensão para a Malaysia em menos de um ano

Este é o segundo acidente fatal que atinge a Malaysia Airlines no espaço de poucos meses. Na madrugada do dia 8 de Março deste ano, um outro Boeing 777-200ER da companhia que fazia o voo MH370, entre Kuala Lumpur e Pequim, na China, desapareceu com 239 ocupantes, sem deixar qualquer rasto. As demoradas buscas que foram feitas até ao mês de Junho nos mares da China e no Oceano Índico não revelaram qualquer vestígio de um eventual acidente.

 

 

 

 

 

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