Boeing da GOL ao serviço da Transavia viveu momentos dramáticos (com vídeo)

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Ainda surgem novos vídeos e novas complicações resultantes da tempestade que assolou a Holanda no passado fim-de-semana e que produziu vídeos que agitaram as redes sociais como o do pouso do B777 da KLM que o NewsAvia partilhou e que rapidamente se tornou viral com centenas de milhares de visualizações.

Agora chega às redes o vídeo da chegada tormentosa de um Boeing 737- 800, com o registo PH-GUA, ainda com as cores da GOL nos motores, que operava para a Transavia (companhia de baixo custo do grupo Air France-KLM) o voo HV5068, de Girona (Espanha) para Roterdão (Holanda). A filmagem mostra que os ocupantes passaram momentos bastante difíceis quando a tripulação recuperava de uma arremetida (nome porque se designa na gíria brasileira a interrupção de uma aterragem, e que em Portugal é designado por borrego), depois de uma tentativa de aproximação à pista 27 Aeroporto de Amsterdão/Schiphol, alternante de Roterdão, hipótese que já havia sido tentada, mas onde o pouso foi cancelado devido ao mau tempo.

A METAR na altura (podemos ouvir na gravação audio em baixo) estava indicando vento de 30o graus a 36 nós com rajadas de 50 nós.
A aeronave procedeu até 1.000 metros na aproximação à pista quando sofreu um windshear severo.
Ao mesmo tempo que a tripulação decretava o borrego/arremetida e indicava pouco combustível, na frequência consegue-se perceber um voz feminina a gritar “SPEED! SPEED! SPEED!”
Momentos depois foi pedida uma rota para fora da chuva intensa visto que a tripulação estava a ter dificuldades em controlar a aeronave.
A meio das comunicações, na frequência, ainda podemos ouvir a palavra ‘scary’, que significa ‘assustador’ em inglês.

Na gravação podemos claramente perceber que o windshare severo causou um cenário extremamente difícil para aquela tripulação que o controlou, colocando a aeronave eos  seus passageiros fora de perigo. A determinado momento a piloto foi alertada pela torre que a conversa que estavam a ter estava em canal aberto.

Depois de dominada a situação, a tripulação voltou a tentar a aterragem adoptando uma aproximação mais rápida com menos flaps e tocando a cerca de 200 nós de velocidade, esta sim filmada.
Devido à velocidade que procederam à manobra, visto não terem hipótese de ir para nenhum aeroporto alternante (falta de combustível)  a tripulação ordenou aos passageiros que se colocassem em posição de emergência (brace position). Notícias lidas nalguns blogues de pilotos e outras pessoas que acompanham a aviação comercial na Holanda, o avião terá pousado com muito pouco combustível nos depósitos, pelo que o que era necessário e urgente nesse momento era alcançar terra firme. Tudo correu bem, felizmente.

A aeronave aterrou em segurança e sem mais incidentes. As autoridades e a companhia aérea abriram um inquérito ao incidente.

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