Boeing desiste da compra de ativos da Embraer – Abortou negócio bilionário

Data:

https://arabaviationsummit.net/spot_img

A construtora de aviões e equipamentos de defesa norte-americana Boeing desistiu da compra da brasileira Embraer, noticiou ao fim da tarde desta sexta-feira, dia 24 de abril, a revista ‘Veja’, na sua edição digital.

A revista brasileira acompanha os rumores que desde quinta-feira passada corriam em mercados financeiros internacionais, que levou o jornal britânico ‘Finantial Times’ a noticiar na manhã desta sexta-feira, que o negócio bilionário que resultaria desta aquisição não iria concretizar-se.

Vários blogs financeiros e de economistas norte-americanos estão, desde a tarde desta sexta-feira, a transmitir a mesma tendência de insucesso no negócio. Termina nesta sexta-feira, dia 24, o prazo para as duas empresas chegarem a entendimento e ratificarem o acordo. Meia noite em Brasília será às 03h00 UTC, e na hora em que publicamos esta notícia (23h45 UTC de sexta-feira), já não é esperado um acordo. O negócio cairá por desinteresse da Boeing.

Segundo revela a ‘Veja’ a causa principal que levou ao aborto do negócio foi a crise causada pela pandemia de covid-19, e os muitos problemas financeiros porque passa presentemente a construtora norte-americana, com a produção parada, aviões por entregar a companhias que não estão a voar, além do problema dos B737 MAX, no chão desde março de 2019, devido a problemas de segurança em voo, provocados por deficiências no projeto de fabrico.

O acordo alcançava a verba de 4,2 mil milhões (bilhões no Brasil) de dólares e envolvia a fusão entre as duas empresas. A Boeing comandava a operação com 80% da nova empresa. O negócio estava já aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Económica do Brasil (CADE).

Segundo fontes ouvidas pela ‘Veja’, “a diretoria da Embraer estava ciente de que a Boeing daria para trás e que o acordo foi por água abaixo”.

Ao desistir do negócio, a Boeing terá de pagar à Embraer entre 75 milhões de dólares e 100 milhões de dólares pela quebra do acordo. As negociações também dependiam do aval da União Europeia.

A Boeing passa presentemente por grandes dificuldades financeiras e solicitou um auxílio de 60 bilhões de dólares ao governo norte-americano para ultrapassara situação. De acordo com um comunicado emitido nesta semana, a Embraer informa que, caso o acordo não fosse consolidado, não havia garantias de que a data para a consolidação do negócio fosse adiada.

A operação previa duas transações, recorda a matéria publicada na ‘Veja’. “Uma delas consiste na aquisição pela Boeing de 80% do capital do negócio de aviação comercial da Embraer, que engloba a produção de aeronaves regionais e comerciais de grande porte, de operação comercial. A segunda tratava-se da criação de uma joint venture entre a Boeing e a Embraer voltada para a produção da aeronave de transporte militar KC-390, com participações de 49% e 51%, respectivamente, para a operação de defesa.”

Os negócios de defesa e jatos executivos e as operações de serviços da empresa associados a esses produtos permaneceriam como uma empresa independente e de capital aberto.

 

Compartilhar publicação:

REGISTE-SE

spot_img

Popular

spot_img

Mais como isso
Relacionado

Pilotos da TACV – Cabo Verde Airlines marcam greve de cinco dias entre 25 e 29 de abril

O Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil (SNPAC)...

Luís Rodrigues completa primeiro ano à frente da TAP marcado por lucro recorde

O presidente da TAP, Luís Rodrigues, completa neste domingo,...

Presidente da SATA demitiu-se por falta de “condições” para continuar o “projeto proposto”

A Comissão de Trabalhadores da companhia aérea portuguesa Azores...

FAP terminou missão de patrulhamento no Golfo da Guiné em cooperação com países lusófonos

Os militares Força Aérea Portuguesa (FAP) da Esquadra 601...