Os sindicatos que representam os trabalhadores da Boeing que estão em greve há cinco semanas anunciaram neste sábado, dia 19 de outubro, que chegaram a um acordo de princípio com a gigante da indústria da aviação norte-americana, favorável aos seus 33 mil operários e engenheiros.
O acordo tem ainda de ser ratificado por uma maioria dos membros da Associação Internacional de Maquinistas antes de entrar em vigor e de os trabalhadores poderem regressar ao trabalho.
“Recebemos uma proposta negociada de resolução da greve que merece ser analisada e apresentada aos nossos membros”, publicou na rede social X o sindicato que representa cerca de 33.000 grevistas, precisando que será submetida a votação na próxima quarta-feira, dia 23 de outubro.
Os sindicatos já tinham rejeitado quase por unanimidade uma anterior tentativa de acordo, precipitando a primeira greve na empresa em 16 anos, mas a última declaração do sindicato realça que a nova oferta da empresa merece um voto dos seus membros, segundo o canal televisivo norte-americano CNN.
De acordo com os termos, a proposta agora apresentada garante um aumento dos salários em 35% durante os quatro anos de vigência do contrato, assim como aumentos das contribuições da empresa para os planos de reforma dos colaboradores, embora não reponha o plano de pensões tradicional que foi retirado aos membros do sindicato há 10 anos.
O sindicato atribuiu o mérito da proposta à secretária do Trabalho norte-americana em exercício, Julie Su, por ter negociado o acordo em conversações indiretas entre o sindicato e a administração.