A Boeing anunciou oficialmente nesta segunda-feira, dia 16 de dezembro, que vai suspender a produção de aeronaves Boeing 737 MAX, a partir do próximo mês de janeiro.
A fábrica aeroespacial norte-americana diz que tem cerca de 400 aviões montados e prontos a voar, que se encontram armazenados em aeroportos dos Estados Unidos, a aguardar a decisão das autoridades reguladoras da aviação dos EUA e de outros países, nomeadamente da EASA – Agência Europeia para a Segurança da Aviação, para serem entregues às companhias, após as modificações que se acharem necessárias para uma melhor segurança das aeronaves e imprescindíveis para conferir aos aparelhos MAX a confiança exigida para voos comerciais seguros e sem restrições.
A Boeing diz acreditar que esta decisão é menos perturbadora para a manutenção da saúde do sistema de produção e da cadeia de fornecedores a longo prazo. E explica que a decisão é motivada por vários fatores, incluindo a extensão da certificação até 2020, a incerteza sobre o momento e as condições do retorno ao serviço, e as aprovações globais de treino e a importância de garantir que sejam entregues primeiro as aeronaves armazenadas. “Continuaremos a avaliar o nosso progresso em direção ao retorno aos marcos do serviço e a tomar decisões sobre a retoma da produção e entregas em conformidade”, lê-se no comunicado da Boeing Corporation.
A fábrica adianta que, em princípio, não haverá despedimentos nas linhas de montagem, nem nas empresas que fabricam componentes para os aviões Boeing 737 MAX e que, por isso, integram o mesmo programa. Contudo, a manter-se o impasse, a Boeing avaliará ações apropriadas, que serão reveladas no final do mês de janeiro, aquando da divulgação dos resultados financeiros do quarto trimestre de 2019.