Cabo Verde Airlines continua sem aviões – Atividade operacional suspensa

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Escola de Aeronáutica - ISEC Lisboa


 

A Cabo Verde Airlines (ex-TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde) informou neste fim-de-semana que vai continuar sem aviões por mais alguns dias, devido a problemas verificados na reposição da sua frota de longo curso, que até ao início do corrente mês de julho foi assegurada pela companhia Loftleidir Icelandic, do grupo islandês Icelandair. A companhia tinha anunciado a suspensão dos voos entre os dias 2 e 4 de julho (LINK notícia relacionada).

Um comunicado do atual Conselho de Administração da empresa, divulgado pela agência portuguesa de notícias ‘Lusa’, atribui o atraso a “razões de natureza técnico-operacional”, pelo que “estima que a irregularidade operacional possa prolongar-se por mais alguns dias”.

A companhia explicou que se mantém “o atraso na entrega do B767 em ’wet lease’ (aluguer com tripulação) e que tudo tem vindo a fazer para que se concretize o mais rapidamente possível”.

“No âmbito do reforço da sua frota conta ainda receber em breve mais uma aeronave, um Boeing 757 [já com registo cabo-verdiano – D4-CCF], que encontra no Reino Unido em fase de inspeção para seu registo e certificação”, acrescentou a empresa.

Segundo a administração, os atrasos “foram alheios aos TACV – Cabo Verde Airlines”, tendo sido acionado “o plano operacional de proteção dos passageiros”, que estão a ser encaminhados para outras companhias.

A empresa lamenta os “incómodos causados” e manifesta-se confiante que “dentro de dias” a operação estará “estabilizada” e de regresso “à normalidade”.

“A Cabo Verde Airlines está em processo de reestruturação, no âmbito do contrato de gestão assinado com o grupo islandês ‘Loftleidir Icelandic – Icelandair Group’, por forma preparar a empresa para a privatização que deverá acontecer de acordo com calendário do Governo e que será positivo para a companhia”, afirmou o português Mário Chaves, responsável pela gestão da empresa, citado no mesmo comunicado.

No âmbito do contrato de gestão, a empresa começou a operar com dois aviões da Icelandair em novembro de 2017 e, aquando da assinatura do acordo de gestão, em agosto, o Governo cabo-verdiano tinha anunciado que a frota da empresa teria mais três aviões até final deste ano.

Com um passivo acumulado de mais de 100 milhões de euros, a companhia, que mudou a sua base operacional da capital cabo-verdiana para a ilha do Sal, assegura agora apenas as ligações internacionais depois de ter sido cedido à Binter Cabo Verde o mercado doméstico.

 

  • Na imagem de entrada vemos o Boeing 757, já com registo cabo-verdiano, que irá integrar a frota da Cabo Verde Airlines nos próximos dias, num aeroporto do Reino Unido, onde foi preparado para uma nova fase na companhia africana. Antes voou para a British Airways e para a OpenSkies, companhia que acaba de ser absorvida pela marca Level, do Grupo IAG. Foto ©TWITTER/@best_lasham




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