A Cabo Verde Connect Services (CVCS), empresa de serviços que foi criada no ano passado pela companhia aérea portuguesa Lease Fly, em consórcio com o Grupo Newtour e com a Cabo Verde Airlines (CVA), para assegurar as ligações inter-ilhas deste arquipélago africano, apoiando a operação da CVA, então totalmente dirigida para o Aeroporto da Ilha do Sal, anunciou nesta terça-feira, dia 10 de novembro, o início de voos internacionais, que serão assegurados por aviões da companhia portuguesa SATA Azores Airlines. Os aeroportos servidos em Cabo Verde serão essencialmente os das ilhas de Santiago, São Vicente e Sal.
O anúncio do início das operações coincide com um período de grande indecisão quanto à retoma dos voos da atual companhia de bandeira do País, a Cabo Verde Airlines, companhia do Grupo Icelandair, cujos aviões estão estacionados num aeroporto norte-americano à espera que passe o período mais agudo da pandemia de covid-19, e numa ocasião em que se sabe que a CVA se encontra totalmente descapitalizada, com o seu acionista islandês também em grandes dificuldades financeiras.
A Cabo Verde Connect Services apresenta-se agora no mercado sob a liderança de Tiago Raiano e Mário Almeida, do Grupo Newtour, e fez o anúncio do primeiro voo internacional da sua responsabilidade comercial, para o dia 2 de dezembro, entre Lisboa e a cidade da Praia, ilha de Santiago, com um avião do Grupo SATA, com sede na Região Autónoma dos Açores.
A rota entre as capitais portuguesa e cabo-verdiana será operada uma vez por semana em aviões Airbus A320 e A321neoXLR da Azores Airlines, “com horários que permitirão aos passageiros fazer o seu voo de conexão para outras ilhas do arquipélago”, segundo um comunicado da CVCS.
Tiago Raiano e Mário Almeida, que integram a Comissão Executiva do Grupo Newtour, também com sede nos Açores, e proprietário do operador turístico português ‘Solférias’, com grande movimento de turistas para Cabo Verde, e da rede agências de viagens ‘Best Travel’, também em Portugal, são os administradores da Cabo Verde Connect Services, sendo Mário Almeida, ex-diretor comercial da TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde na Europa, o diretor-geral da empresa.
A empresa “fornece diversos serviços especializados no sector da aviação” e anunciou que vai lançar no mercado cabo-verdiano “um conjunto de operações aéreas” para os mercados europeus e americanos.
Na primeira fase, a operação vai centrar-se “nas principais cidades europeias, como Lisboa e Paris, e norte-americanas, nomeadamente Boston, onde residem as maiores comunidades cabo-verdianas”.
Para a realização os voos, a empresa contratou a SATA Azores Airlines, “que disponibilizará os aparelhos para a execução do plano de voos que dinamizará a conectividade com as ilhas de Santiago, São Vicente e Sal”.
Os voos estarão disponíveis para reserva em GDS e permitirão às agências de viagens e operadores turísticos ter acesso “a tarifas a partir de 182 euros (por trajeto)”.
“Acreditamos no potencial das rotas que comercializamos e estamos seguros da qualidade de serviço comprovada que podemos prestar aos nossos parceiros de negócio”, afirmou Mário Almeida, citado no comunicado.
Tiago Raiano, por sua vez, destaca que “para assegurar o sucesso das operações é fundamental esta parceria com a SATA Azores Airlines que, com o seu know-how, qualidade de serviço e experiência comprovada a operar nos arquipélagos e a ligar os Açores ao mundo, se torna um marco de confiança incontornável”.
Ao fim da tarde desta terça-feira, a SATA Azores Airlines confirmou, em comunicado, que tinha sido escolhida para parceiro operacional da Cabo Verde Connect Services, para assegurar um conjunto de operações aéreas.
Para a concretização dos seus objetivos, a CVCS celebrou um contrato com a SATA Azores Airlines, que disponibilizará aparelhos para a execução do plano de voos que dinamizará a conectividade com as ilhas de Santiago, São Vicente e Sal.
Para a SATA Azores Airlines esta parceria vai permitir manter e assegurar a sustentabilidade das ligações que já eram efetuadas ao Arquipélago de Cabo Verde, através da conjugação de esforços com experientes parceiros que atuam naquele mercado. Esta operação da SATA Azores Airlines continua a dar corpo a uma estratégia de rentabilidade das suas aeronaves no período de Inverno, época cumulativamente deprimida pelo impacto devastador da pandemia de covid-19.