Os testes a uma das caixas negras do avião da companhia russa MetroJet que se despenhou na península egípcia do Sinai confirmaram o caráter “violento e rápido” dos acontecimentos que levaram à queda do aparelho. A notícia foi divulgada em Paris na tarde desta sexta-feira, dia 6 de novembro, e avançada por uma fonte próxima deste dossiê na capital francesa, citada pela agência AFP.
Segundo os dados fornecidos pela caixa, tecnicamente designada Flight Data Recorder (FDR) e que regista todos os parâmetros técnicos do voo, “tudo estava normal, absolutamente normal durante o voo, e de repente não há mais nada”, indicou a mesma fonte.
“Isto dá a sensação de rapidez, do caráter imediato” dos acontecimentos, referiu a fonte, numa altura em que as duas caixas negras do aparelho, uma que contém os parâmetros do voo e outra que regista as conversas da tripulação, foram analisadas.
O Airbus A321 da companhia Metrojet caiu no sábado no Sinai, após ter descolado da estância balnear egípcia Sharm el-Sheikh com destino à cidade russa de São Petersburgo, causando 224 mortos.
A autoria do desastre foi reivindicada pelo grupo radical Estado Islâmico (EI).
As autoridades norte-americanas e britânicas declararam ser possível que um explosivo tenha causado a queda do avião, enquanto o Egito e a Rússia pediram paciência antes de tirar conclusões até que os resultados da investigação sobre o acidente sejam conhecidos.