As operações aéreas domésticas em território brasileiro foram pontuais – dentro da tolerância de 15 minutos que é considerada mundialmente – em 84% das partidas realizadas em 2013. O desempenho foi 5% melhor que o de 2012 (79%) e que o das empresas de transporte aéreo do Estados Unidos da América (também de 79% – nos EUA, o índice foi 3% menor que no ano anterior, que teve 82% de voos no horário).
Na análise de Maurício Emboaba, consultor técnico da ABEAR – Associação Brasileira das Empresas Aéreas, o índice é muito positivo, principalmente se levar em conta a falta de avanços da infra-estrutura no período. “O crédito da pontualidade é dos esforços empreendidos pelas empresas brasileiras no aprimoramento dos serviços prestados e na busca pela excelência”, diz.
Além dos 15 minutos de tolerância do mercado global, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) monitoriza partidas dentro de 30 e 60 minutos depois do horário programado. Nesses quesitos, as brasileiras atingiram 92% e 97%, respectivamente. Em 2012, os índices haviam sido de 90%, para 30, e de 92%, para 60 minutos.
A meteorologia foi factor preponderante em 19% dos casos de atrasos a partir de 15 minutos registrados pela aviação brasileira. No ano passado, esse número foi de 13%. Os Estados Unidos, que tem adversidades meteorológicas mais severas, como tornados e nevascas, teve 35% de atrasos por culpa do clima. “Nosso factor de interferência é a infraestrutura aeroportuária e de navegação aérea. Mesmo com gargalos, estamos em linha com mercados que são referência internacional como é o caso dos Estados Unidos”, conclui Emboaba.