Cerca de 20 companhias aéreas já cancelaram ou atrasaram os seus voos de e para Israel nos últimos dias devido às tensões na região, o que significa uma perda significativa de viajantes.
Um porta-voz da Autoridade de Aeroportos israelita indicou à agência noticiosa espanhola EFE que, só no sábado, eram esperados menos 10.000 passageiros no aeroporto Ben Gurion, na cidade de Telavive. A situação manter-se-á durante esta semana, embora algumas companhias tenham manifestado intenção de, em princípio, retomarem as operações no fim-de-semana.
No total, o principal aeroporto internacional de Israel esperava movimentar cerca de 55.000 passageiros, entre partidas e chegadas, embora o número possa ser reduzido nas próximas horas se mais companhias aéreas se retirarem.
A Autoridade dos Aeroportos indicou que esta situação anómala se manterá durante a corrente próxima semana, tendo em conta o clima de incerteza que o país vive face a um possível ataque ao seu território.
As primeiras companhias aéreas a cancelar os voos com escala em Telavive foram as norte-americanas Delta e United, bem como o grupo alemão Lufthansa, cujas companhias só retomarão as operações normais, em princípio, na próxima sexta-feira, dia 9 de agosto.
No total, quase 20 companhias aéreas (entre as quais a KLM, a Air France, a ITA, a LOT e a Aegean) adiaram os seus voos de e para o país, incluindo aa espanholas Iberia e Air Europa.
A Iberia não operará este domingo em Telavive, enquanto a Air Europa não operará de hoje até 07 deste mês, por enquanto.
As companhias aéreas israelitas El Al, Arkia e Israir continuarão a voar sem interrupções “enquanto a situação estiver normalizada”, segundo a Autoridade dos Aeroportos.
Israel tem estado em alerta máximo desde 31 de julho, quando um atentado em Teerão – cuja autoria o Estado hebreu não confirma nem desmente – matou o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, poucas horas depois de o exército ter bombardeado Telavive e abatido um comandante do Hezbollah, Fuad Shukr.
Desde então, as tensões na região aumentaram perante a possibilidade de retaliação do Irão e do Líbano, bem como do Hamas, contra o território israelita.