As companhias aéreas britânicas British Airways e Virgin Atlantic anunciaram nesta quarta-feira, dia 11 de outubro, a suspensão dos voos de e para Telavive (Israel) por razões de segurança, no quinto dia da guerra entre o Hamas e o Estado judaico.
O anúncio surge após um avião Airbus A350-1000, matrícula G-XWBF, da companhia aérea britânica ter sido obrigado a regressar ao aeroporto londrino de Heathrow, por razões de segurança, quando estava prestes a aterrar em Telavive. Na ocasião, registava-se um ataque com drones lançados desde a fronteira com o Líbano para a área do aeroporto, enquanto havia notícias de que estaria eminente um ataque aéreo na zona.
“A segurança é sempre a nossa maior prioridade e, na sequência da última avaliação da situação, estamos a suspender os nossos voos de e para Telavive”, afirmou a companhia aérea, em Londres.
A companhia acrescentou que estava a contactar os clientes que tinham reservado voos para lhes oferecer reembolsos ou soluções alternativas, quer com outra companhia aérea quer com a British Airways, numa data posterior.
“Continuamos a acompanhar de perto a situação na região”, acrescentou a companhia aérea.
A Virgin Atlantic, por seu lado, suspendeu também os seus voos entre Heathrow e Telavive durante 72 horas, sublinhando que iria contactar os clientes em causa para lhes oferecer uma solução.
Várias companhias aéreas, entre as quais a United, a American Airlines, a Delta, a Air France-KLM e a Lufthansa, suspenderam igualmente os voos para o Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Telavive, a maioria interrompida no sábado, na sequência dos atentados do Hamas.
O Hamas lançou no sábado um ataque terrestre, marítimo e aéreo sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, na maior escalada do conflito israelo-palestiniano em décadas.
Além de ter matado centenas de pessoas em Israel, o Hamas raptou mais de uma centena de israelitas e estrangeiros que mantém como reféns na Faixa de Gaza.
O ataque levou Israel a declarar guerra contra o grupo extremista palestiniano e a responder com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza.
O conflito provocou mais de 1.200 mortos do lado israelita e 1.055 em Gaza desde sábado, segundo dados atualizados nesta quarta-feira pelas duas partes.