A associação de companhias aéreas russas (RAEVT) alertou para as perdas que vão resultar da suspensão indefinida dos voos para o Egipto. Segundo a sua estimativa, o total poderá chegar aos 9.100 milhões de rublos (140 milhões de dólares/130,9 milhões de euros) até ao fim do ano.
No dia 6 de Novembro, o Governo russo decretou uma interrupção de todos os voos para o Egito, após a queda do Airbus A321 da MetroJet sobre a Península do Sinai. O presidente da RAEVT, Vladimir Tasun disse que as transportadoras que fazem serviços charters para os resorts no Egito são as que vão sofrer mais com esta suspensão.
Com base no número de pacotes de férias cancelados e nas reservas de lugares nos voos para Hurghada e Sharm el-Sheikh, a Nordwind Airlines estima que vai perder 4.000 milhões de rublos (57 milhões de euros) nos próximos dois meses. A Orenair, membro do grupo Aeroflot, e a Ikar Airlines esperam perder, cada uma, 800 milhões de rublos (11 milhões de euros) durante o mesmo período. “Devido à suspensão dos voos regulares para o Cairo, a própria Aeroflot deverá registar cerca de 60 milhões de rublos (850 mil euros) de perdas nos lucros”, disse Tasun, citando uma previsão da companhia aérea de bandeira russa. A Ural Airlines espera perder 700 milhões de rublos (10 milhões de euros); a Red Wings, 480 milhões de rublos (5,7 milhões de euros); a Yamal Airlines, 324 milhões de rublos (4,6 milhões de euros); e a Taimyr Avia (que opera como Nordstar), 232 milhões de rublos (3,3 milhões de euros).
A RAEVT diz que esta previsão é tanto mais frustrante, dada a incerteza da duração da investigação ao despenhamento do A321 e quando a proibição para todos os voos para o Egito será levantada. “E nem sequer menciono o impacte nas transportadoras do abrandamento total na procura doméstica das transportadoras para viagens internacionais”, acrescenta Tasun.