Os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e de Manaus, no Amazonas, não serão concedidos à iniciativa privada. A garantia é do ministro da Aviação, Eliseu Padilha, que avalia os três terminais como estratégicos para garantir fôlego financeiro para a Infraero.
Durante abertura da AirPort Infra Expo, seminário sobre gestão de aeroportos realizado em Brasília nesta semana, o ministro destacou a importância desses três aeroportos para as receitas da estatal. “Esses aeroportos não serão concedidos porque garantem à Infraero a receita mínima e indispensável para a sua existência”, justificou Padilha. Ele ainda lembrou que as viagens entre Congonhas e Santos Dumont representam a terceira ponte-aérea mais movimentada do mundo: “A Infraero deve ter condições de sobreviver com sua própria atividade – e pode”, enfatizou.
O ministro acredita que não conceder os três terminais aéreos à iniciativa privada, juntamente com a restruturação da empresa, possibilitará à Infraero o reequilíbrio financeiro e permitirá que ela volte a ser lucrativa com capacidade de investimento. Em 2012, por exemplo, a estatal arrecadou R$ 4 bilhões (quatro mil milhões de reais).
“A Secretaria de Aviação Civil e o Ministério do Planeamento já têm posição consolidada sobre a criação de três subsidiárias para a empresa: Infraero Participações, Infraero Navegação Aérea e Infraero Serviços”, adiantou Padilha. “Será utilizado o quadro excepcional de recursos humanos que a empresa possui e o conhecimento acumulado em 43 anos de atuação, e, também, por ser a terceira maior operadora de aeroportos do mundo, para ficar à disposição do mercado interna e internacionalmente”, analisou.
O ministro Eliseu Padilha confirmou ainda que um novo pacote de concessões deve ser anunciado nos próximos dias. O ministro da Aviação adiantou que os primeiros aeroportos a serem concedidos desta vez serão os de Salvador (Bahia), Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e Florianópolis (Santa Catarina).