‘Copa do Mundo’ acrescenta mais de 16 mil voos à malha tradicional no Brasil

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Com 16,1 mil voos adicionados à malha aérea tradicional, as operações das companhias aéreas brasileiras durante o período em que decorrerão os jogos do Campeonato Mundial de Futebol (Copa do Mundo 2014) chegam a 67.779 voos e totalizam 7,2 milhões de assentos oferecidos para atender a demanda pontual para as 12 cidades-sede no período de jogos.

A definição da malha aérea de uma empresa é um processo complexo. “É construída para atender simultaneamente a questões como as necessidades impostas pelo fluxo de passageiros que circularão entre as 12 cidades-sede, as necessidades dos demais passageiros que viajarão para outras cidades, ao limite legal da jornada de trabalho de pilotos e comissários, ao programa de manutenção obrigatória dos aviões e às demais operações aéreas do País”, explica Adalberto Febeliano, consultor técnico da ABEAR – Associação Brasileira das Empresas Aéreas.

A metodologia utilizada pelas companhias aéreas para a definição da oferta de voos e assentos leva em conta a capacidade dos aeroportos, os horários dos jogos em cada sede, a procura natural do período e a procura adicional gerada pelo evento.

O consultor detalha abaixo o passo-a-passo para a estruturação da malha:

  • Análise dos itinerários da malha regular das cidades-sede e demais destinos.
  • Estudo da demanda de passageiros no período, prevendo diminuição no tráfego de passageiros viajando a negócios e aumento das viagens por motivos pessoais, seja para acompanhar os jogos da Copa ou para aproveitar o período para alguns dias de lazer.
  • Análise da capacidade operacional dos aeroportos nas cidades-sede e levantamento das faixas de horário que durante as operações normais apresentam baixo tráfego aéreo (inclusive períodos da madrugada em aeroportos de maior fluxo).
  • Levantamento da disponibilidade da frota e de assentos, incluindo estudos específicos para reprogramação de atividades de manutenção preventiva. O objetivo aqui é antecipar tarefas para disponibilizar mais aviões para o período de maior demanda, muito similar ao que já é feito pelas empresas aéreas em períodos de grande movimentação como o final de ano, por exemplo.
  • Levantamento da possibilidade de realocação de voos cuja demanda cairá no período, dentro da expectativa de queda no tráfego de negócios, que foi verificada em Copas anteriores como na Alemanha e na África do Sul, e nas Olimpíadas de Londres. Cidades onde o tráfego é majoritariamente de negócios poderão ter voos reduzidos, caso não sejam sede de jogos.
  • Cruzamento dos dados de voos diários, horários de jogos e possibilidade de aumento da oferta, além da previsão de manutenção de alguns aviões em reserva, para atender a imprevistos ou para oferecimento de voos extras naqueles casos em que a demanda for maior do que a esperada.
  • Solicitação à ANAC para 2 mil novos voos entre as cidades-sede (que resultaram no volume total de 16,1 mil novas partidas e chegadas)
  • Ajuste da malha, com aprovação das modificações com os órgãos e comunicação à Aeronáutica
  • Distribuição da oferta de assentos considerando dias de jogos

 

 

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