A Força Aérea norte-americana está a exigir à Martin Baker US16E (MK16) uma correcção de longo prazo para o assento ejectável do Lockheed Martin F-35, depois de testes recentes terem revelado “riscos inaceitáveis de lesões no pescoço” para pilotos mais leves durante a abertura do paraquedas a velocidades mais baixas.
O caso é suficientemente grave para ter resultado na proibição de voo de pilotos que estejam fora da fronteira de peso entre os 61,7 kg e os 111,1 kg. Um piloto apenas ficou em terra. No entanto, fontes oficiais já vieram afirmar que os riscos extendem-se a pilotos com peso até 74,8 kg. Apesar disso e porque a probabilidade de ejecção a velocidades mais baixas ser diminuta, esses pilotos continuam a voar.
O assunto agravou-se aquando da introdução de um capacete HMD (helmet-mounted display) produzido pela VSI, uma joint venture entre a Rockwell Collins e a Elbit Systems of America. Tal como outros HMD, este também é pesado o que implica maior tensão sobre os pilotos mais leves durante a ejecção.
Para tentar encontrar a solução mais rápida a eficaz o gabinete responsável pelo programa do F-35 está a estudar três potenciais correcções, incluindo um pequeno atraso na abertura do paraquedas, reduzindo assim o impacto em pilotos mais leves. A segunda e terceira correcções centram-se na redução do peso do capacete e na aplicação de um painel em tecido de suporte para a cabeça que ficaria instalado nos tirantes do paraquedas e que impediria o movimento para trás da cabeça do piloto quando o paraquedas se abre. As duas últimas soluções deverão estar implementadas até final de 2016 e a restante até ao verão de 2017.