Um avião a jato bimotor CRJ-200ER da companhia nepalesa Saurya Airlines despenhou-se na manhã desta quarta-feira, dia 24 de julho, momentos após a descolagem do Aeroporto Internacional de Katmandu, capital do Nepal. A bordo seguiam dois pilotos e 17 passageiros. O primeiro balanço oficial, quatro horas depois do desastre, é de 18 mortos e um ferido grave, que é um dos pilotos da aeronave sinistrada.
A aeronave, registo 9N-AME, com capacidade para transportar 50 passageiros, descolou num voo ferry, de teste após uma intervenção técnica não especificada. Os 17 passageiros eram todos técnicos da companhia aérea, que seguiam para Pokhara, um dos aeroportos que serve de entrada para as expedições aos Himalaias.
Após a descolagem o avião adornou para o lado direito caindo num desfiladeiro, logo após o prédio da Nepal Airlines, este no perímetro aeroportuário. As câmaras de segurança do aeroporto registaram o momento. Após o impacto no solo o avião incendiou-se e ficou reduzido a destroços. O tráfego no Aeroporto de Katmandu esteve suspenso, tendo sido reaberto cerca de cinco horas depois.
Não são conhecidas eventuais causas para a queda do aparelho, nem foram noticiadas conversas entre a torre de controlo e a tripulação do avião durante a descolagem. O acidente ocorreu pelas 11h11 locais (07h24 UTC)
O CRJ-200ER sinistrado saiu de fábrica há pouco mais de 21 anos, tendo voado inicialmente em companhias regionais norte-americanas. Esteve depois na Arik Air, na Nigéria, e na SA Express (África do Sul) entre 2008 e 2017. Entrou ao serviço da Saurya Airlines em 14 de março de 2017.
Como acontece em todos os acidentes com aeronaves, o Governo do Nepal já nomeou uma comissão de inquérito, no âmbito da entidade nacional que averigua acidentes aéreos, que contará com a assessoria de técnicos nomeados pela fábrica do avião. Construído pela Bombardier, no Canadá, este modelo de avião está agora agregado à empresa japonesa Mitsubishi Heavy Industries, que comprou a divisão dos jatos regionais CRJ à fábrica canadiana em 2020.