O empresário David Neeleman, que integra o consórcio ‘Atlantic Gateway’, que detém 45 por cento do capital social do Grupo TAP SGPS e que é responsável pela gestão da companhia aérea de bandeira portuguesa, defende que Portugal precisa de “mais aeroportos, pistas e tudo o que facilite“ a entrada de visitantes no País.
“Há muita gente que quer conhecer Portugal, mas quando chegam cá não podem esperar duas horas na fila para conhecer o país ou uma hora para apanhar o táxi”, lamentou o empresário que tem diversos interesses empresariais na aviação comercial mundial.
David Neelman falava na quinta-feira, dia 31 de maio, aos jornalistas à margem do evento tecnológico ‘Gen Summit – Editors Network’ que decorre neste fim-de-semana prolongado na cidade de Lisboa. E explicou que o Aeroporto Humberto Delgado na capital portuguesa “tem salas vazias”, mas “não tem disponibilidade para trazer mais pessoas”. “Portugal tem de reconhecer que tem que mudar e abrir as portas para mais pessoas poderem visitar o nosso país”, acrescentou.
O sócio do consórcio ‘Atlantic Gateway’ disse ainda que a solução passa por um acordo conjunto entre o Governo da República, a ANA – Aeroportos de Portugal e, até mesmo, com a hotelaria de Lisboa.
“Não somos o primeiro país do mundo a enfrentar estes desafios”, mas “se o crescimento parar não é bom para o Governo nem é bom para a ANA. É tempo para ter ação. O aeroporto de Lisboa é o menos pontual da Europa”, concluiu.