A DECO, associação portuguesa de defesa do consumidor, distribuiu em Lisboa um comunicado em que protesta de forma veemente contra a política de assistência aos clientes por parte da companhia aérea irlandês de baixo custo Ryanair.
O texto, bastante divulgado na imprensa generalista nacional, explica que “após mais de 10 anos a operar em Portugal, a Ryanair continua sem serviço de apoio ao cliente no nosso país, mantendo a exigência de apresentação de reclamação em língua inglesa”. “Aliás, as suas respostas aos conflitos denunciados pela DECO são sempre redigidas em inglês. A situação é mais gravosa se se considerar que a Ryanair já executa voos domésticos”, o que acontece entre os aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e na Região Autónoma dos Açores.
Para a principal associação portuguesa de defesa dos consumidores, “o aumento do número de reclamações sem resposta da companhia aérea levou a DECO a analisar o sítio na internet da Ryanair. A análise das Condições Gerais de Transporte de Passageiros e Bagagem provou a existência de conjunto significativo de cláusulas abusivas. Destacamos, além da ausência de apoio ao cliente a falta de informação e transparência”, acusa a DECO.
A associação salienta que não é a primeira vez que “já denunciou esta falta de transparência à autoridade competente e continuará atenta a este caso, exigindo que se adopte todas as medidas que protejam eficazmente os consumidores”.
Aproveitando “a presente época festiva” em que “oferecer ou planear uma viagem é comum”, a DECO adverte os consumidores a estarem atentos “às promoções, conheça os seus direitos e exija o seu cumprimento”, conclui, acrescentando num ‘guia dos direitos do consumidor passageiro’ recomendações para quando o voo está atrasado, quando é cancelado, quando não tem lugar por overbooking ou ainda quando a bagagem se perde, é danificada ou chega atrasada.