Deputados vão ouvir entidades relacionadas com o conflito laboral na Ryanair

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Evento Participativo LusoAvia - Aceda ao grupo de linkedin.A Comissão parlamentar de Economia aprovou nesta quarta-feira, dia 4 de abril, por unanimidade, um requerimento que visa a audição na Assembleia da República, em Lisboa, com carácter de urgência, de representantes da administração da Ryanair em Portugal e várias associações de aviação.

O requerimento apresentado pelo partido Bloco de Esquerda propõe uma audição conjunta da Comissão de Economia e da Comissão de Trabalho a representantes do Conselho de Administração da Ryanair em Portugal, a representantes do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e a responsáveis da ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho.

Os representantes da ANA-Aeroportos de Portugal e da ANAC irão também ser ouvidos na Comissão de Economia.

No requerimento apresentado à Comissão Parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, o Bloco considera “incontornável convidar os representantes da Ryanair em Portugal” para dar explicações sobre as ameaças aos trabalhadores em greve, os investimentos em curso no país e a dimensão dos benefícios recebidos pela instalação de uma base para a Europa a partir de Portugal.

No documento, o Bloco repudiou ainda a atitude da empresa, que se justificou com “a lei irlandesa”.

O requerimento foi apresentado no passado dia 2 de Abril, no seguimento de acusações do SNPVAC, que denunciou no dia anterior, dia 1 de Abril, que a Ryanair contactou tripulantes na Europa para a substituição dos grevistas portugueses, chegando inclusivamente a ameaças de despedimento.

Num memorando enviado aos trabalhadores, a que a ‘Lusa’ teve acesso, a Ryanair admitiu ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira durante a greve dos tripulantes portugueses.

Os trabalhadores da Ryanair cumprem nesta quarta-feira, dia 4 de abril, o último de três dias não consecutivos de greve para reivindicar a aplicação da lei nacional.

A transportadora aérea Ryanair afirmou haver “ligeiras perturbações em Portugal” porque uma “grande maioria dos tripulantes de cabina estão a trabalhar dentro da normalidade esta manhã”.

“Um pequeno número dos primeiros voos do dia foram cancelados ou sofreram ligeiras perturbações, sendo que estes clientes já estão a ser recolocados em outros voos”, segundo um comunicado da companhia irlandesa de baixo custo.

Na mesma nota, a Ryanair reafirmou esperar “operar o horário completo, se necessário, com recurso a aeronaves e tripulação de cabina de outras bases fora de Portugal”.

“Pedimos sinceras desculpas aos nossos clientes e respectivas famílias afectados por estes atrasos, provocados por esta greve desnecessária e injustificada. Estamos bastante gratos aos nossos tripulantes de cabine portugueses por colocarem os nossos clientes em primeiro lugar, ignorando esta greve”, lê-se.

A Ryanair não respondeu sobre as questões colocadas acerca do impedimento de entrada de uma inspetora da Autoridade para as Condições de Trabalho na sala de apresentações de tripulantes no aeroporto do Porto.

A presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Luciana Passo, num primeiro balanço da paralisação, deu nota de 11 cancelamentos em 17 saídas previstas, mas também de partidas de aeronaves sem passageiros para irem recolher tripulação.

 

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