Desastre com avião da Aeroflot em Moscovo causa 41 mortos – c/vídeos

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Notícias divulgadas durante a noite pelo Ministério para as Situações de Emergência da Rússia estabelecem em 41 o número de vítimas mortais do acidente ocorrido na tarde deste  domingo, dia 5 de maio, com um avião de passageiros Sukhoi Superjet SS100, matrícula RA-89098, da companhia russa Aeroflot, a maior do país, durante uma aterragem de emergência no Aeroporto de Moscovo/Sheremetyevo. A bordo seguiam 78 pessoas (73 passageiros e cinco tripulantes).

As notícias que surgiram em toda a comunicação social (mídia), nacional e internacional, após o desastre, foram sempre desencontradas quanto à maneira como o acidente aconteceu e quanto ao número de vítimas.

Agora sabe-se que o avião não fez a aproximação à pista com fogo a bordo, ao contrário do que tinha sido noticiado, nem a evacuação foi exemplar como sugeriam notícias de fontes aeroportuárias. O avião pegou fogo após um salto na pista, para um segundo pouso, no qual deve ter quebrado o trem central, na opinião de alguns funcionários do aeroporto que seguiram o trajecto da aeronave. O arrastamento da fuselagem na pista e o grande impacto causaram as labaredas que junto com combustível vertido dos depósitos, provocaram um grande incêndio que consumiu a parte traseira do aparelho. Demorou cerca de 45 minutos a ser totalmente dominado.

Entretanto o pânico instalado a bordo foi agravado pelo facto de apenas uma das mangas insufláveis de escape de passageiros da aeronave estar a funcionar (dianteira direita) dado o facto das outras terem aberto em zonas da fuselagem dominadas pelo fogo. Outra questão repetidamente contestada pelos sobreviventes foi o facto de muitos passageiros terem obstaculizado a evacuação rápida do aparelho, por terem ido buscar as suas bagagens de mão que estavam nas bagageiras. Este atraso deve ter custado muitas vidas, na opinião de alguns técnicos ligados aos serviços de socorro aeroportuário.

 

Foto TWITTER © Norenko Mikhail

 

O avião foi construído em agosto de 2017 e tinha feito uma revisão demorada (não especificada) em abril deste ano, anunciou a fábrica russa ‘Sukhoi Civil Aircraft Company’, que num comunicado distribuído ao fim da tarde, disse que a aeronave tinha se despistado na pista após uma “aterragem dura” e em seguida ardido. A construtora diz estar disponível para integrar a comissão de inquérito ao acidente, de acordo com os protocolos de investigação de acidentes aéreos, e pronta para prestar todos os esclarecimentos adequados.

A aeronave tinha descolado do Aeroporto de Moscovo/Sheremetyevo em direção a Murmansk, uma cidade russa na região do Ártico (voo SU1492), quando o comandante decidiu retornar ao aeroporto da capital russa, alegando emergência (alerta 7700). Aterrou pelas 18h30 locais (15h30 UTC), cerca de 26 minutos após a descolagem. Numa primeira tentativa o avião não pousou tendo ganho ainda mais velocidade e saltado para num segundo impacto incendiar e rolar descontrolado e com um enorme rasto de fogo. Ficou imobilizado numa zona lateral da pista, numa área de terra e relva (grama), envolto em chamas.

 

  • Notícia atualizada às 23h40 UTC de 5 de maio de 2019.

 

 

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