Seis pessoas morreram nesta segunda-feira, dia 27 de março, na queda de um avião bimotor ‘Britten Norman Islander’, matrícula C9-AOV, que estava ao serviço da companhia moçambicana ETA – Empresa de Transporte Aéreo, e que fazia um voo entre os aeroportos da Beira, província de Sofala, e de Mutare, a quarta cidade mais populosa do Zimbabué, a cerca de oito quilómetros da fronteira com Moçambique. A bordo seguiam quatro passageiros e dois pilotos.
Segundo informação revelada pelo comandante João Abreu, presidente do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), durante uma conferência de imprensa, na tarde desta segunda-feira, em Maputo, a aeronave embateu no Monte Vumba, nas cordilheiras montanhosas de Machipanda, no distrito de Manica, devido ao mau tempo que se fazia sentir no percurso, e despenhou-se no solo, na área do posto administrativo de Machipanda-Chiujo, em território moçambicano.
Um comunicado distribuído ao fim da tarde pelo IACM informa que seguiam a bordo do avião, como passageiros Adelino Mesquita (na imagem) que era o actual administrador-delegado da empresa Cornelder de Moçambique(CdB), empresa gestora do Porto da Beira, e irmão do ministro dos Transportes do Governo de Moçambique, Carlos Mesquita; Isac Noor, António Jorge e Banele Chibande, todos funcionários da Cornelder.
A companhia aérea, também conhecida por ETA Air Charter tem base operacional no Aeroporto da Beira, a segunda maior de Moçambique, e dedica-se ao transporte não-regular de passageiros e cargas. É uma empresa que consta da lista negra da União Europeia, uma inibição que, contudo, não a proíbe de voar em território africano.
O avião acidentado era a aeronave mais antiga que ainda voava em Moçambique. Foi registada no ano de 1973, ainda durante a administração colonial portuguesa, dois anos antes da independência do país. Portanto, tinha 43 anos de atividade.
- Notícia atualizada às 17h00 UTC
- Foto © Jornal ‘O País’/Moçambique