O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) considerou nesta quinta-feira, dia 8 de julho, que o despedimento coletivo de 124 trabalhadores da TAP “não se justifica”, “é desumano” e disse que vai recorrer a todas as medidas que levem a empresa a reconsiderar.
“Lamentamos que a TAP tenha optado por esta medida, depois de ter já provocado mais de 2.000 saídas da empresa, que tenha optado por mais esta descaracterização”, afirmou à Lusa o secretário-geral do SITAVA, José Sousa.
“Obviamente que o SITAVA irá reunir com todos os seus associados e com o nosso corpo jurídico e iremos lutar contra este despedimento coletivo, porque entendemos que, além de desumano, ele não se justifica na empresa”, acrescentou, sublinhando que o sindicato vai recorrer a “todas as medidas possíveis para levar a empresa a reconsiderar este processo”.
Da listagem de trabalhadores abrangidos pelo despedimento coletivo, 61 são pessoal de terra, precisou José Sousa.
“Entendemos que é uma medida errada, a TAP não tinha necessidade disto, é uma crueldade, a empresa precisa destes trabalhadores, hoje é notória a falta de mão de obra para executar trabalho”, realçou o dirigente sindical, que disse ter sido surpreendido pelo anúncio desta medida, numa altura em que falta mão de obra nalguns setores de atividade da companhia aérea.
A TAP iniciou nesta quinta-feira o processo de despedimento coletivo, no âmbito da reestruturação da companhia aérea, abrangendo 124 colaboradores, anunciou a empresa.
Em comunicado, a TAP lembra que este número representa “uma redução muito expressiva (menos 94%) face aos cerca de 2.000 colaboradores que se estimava em fevereiro virem a ser integrados no processo de redimensionamento laboral inscrito e exigido pelo Plano de Reestruturação da TAP, em apreciação pela Comissão Europeia”.
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