EasyJet apresenta a sua Visão para a Aviação Europeia em Bruxelas

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A EasyJet anunciou nesta quinta-feira, dia 26 de Fevereiro, a sua ‘Visão para a Aviação Europeia’, apelando à União Europeia, aos governos europeus e aos reguladores para melhorar a competitividade na área da aviação europeia.

A Comissão Europeia está atualmente a trabalhar num novo Pacote de Aviação e a EasyJet defende que chegou a hora de abordar uma série de questões de longa data, tais como as taxas aeroportuárias e o Céu Único Europeu.

Na opinião da companhia de baixo custo britânica os passageiros têm tirado o máximo benefício devido à liberalização do setor dos transportes aéreos, aumentando a concorrência. As companhias aéreas reduziram em média nos últimos 20 anos as suas tarifas entre 1 a 2% ao ano, mas estas reduções não se estendem aos outros setores na Europa, tais como os aeroportos e a gestão do espaço aéreo.

A EasyJet diz que não existe um controlo efetivo de taxas e serviços em muitos dos aeroportos europeus com monopólio e consequentemente os passageiros pagam mais do que deviam. Para estes aeroportos em questão, a EasyJet defende que é necessário uma regulamentação mais forte e a revisão da Diretiva sobre as Taxas Aeroportuárias.

Novas pesquisas efetuadas pela ‘Frontier Economics’, divulgadas hoje, mostram que um regulamento dos encargos mais forte nos 15 maiores aeroportos europeus com monopólio significaria uma poupança de €1,48 mil milhões de euros para os passageiros, e um aumento em 12,2 milhões no total de viagens de ida, facto que, por sua parte, iria aumentar o valor dos gastos do consumidor e do turismo e fomentar o crescimento comercial. No total, o impacto geral de melhoramentos na regulamentação dos aeroportos significaria um crescimento em 37 mil milhões de euros (+0,23%) no PIB na área do EEE e aproximadamente 470.000 postos de trabalho.

 

O estudo agora divulgado pela EasyJet conclui para atingir estes benefícios são necessárias quatro mudanças:

  • A mudança da regulamentação dual till para a regulamentação single till – como todos os rendimentos, ambos os aeroportuários e os comerciais, tomados em consideração quando as taxas são fixadas
  • A redução da rentabilidade de capital dos aeroportos em apenas 0,5%
  • Um aumento em 10% de eficiência operacional – um valor que equivale à taxa obtida pelas linhas aéreas, e
  • A eliminação do subsídio de passageiros de escala – cujas taxas, muitas vezes, são fixadas em metade do valor das taxas pagas pelos passageiros O&D (Origem e Destino).

 

Num discurso feito ao ‘European Aviation Club’, a presidente executiva da EasJet, Carolyn McCall, apresentou o ponto da vista da empresa numa série de reuniões com a nova Comissária Europeia para os Transportes, Violeta Bulc, e vários membros do Parlamento Europeu interessados em transportes.

No seu discurso, Carolyn McCall quer que a Europa coloque o passageiro no centro da tomada de decisão.

“A UE desempenha um papel crucial no apoio à aviação europeia e a EasyJet é um exemplo evidente disto – sem a liberalização dos céus europeus nós não existiríamos com as nossas características atuais. A Europa está a debater atualmente qual a estrutura política a adotar, ao nível nacional e comunitário, para promover a competitividade da aviação na UE.

Para garantir o melhor resultado para os consumidores, acreditamos que este enquadramento devia basear-se nos princípios de concorrência justa e na liberdade de escolha, com os passageiros no centro da criação de políticas. Apelamos aos responsáveis políticos para fazerem a revisão da Diretiva sobre as Taxas Aeroportuárias e pensarem como podemos garantir a oferta Single European Skies.

Se resolvêssemos estas duas questões, conseguiríamos melhorar a eficiência da nossa indústria, reduzir as tarifas para os consumidores e gerar milhares de milhões de euros de crescimento do PIB, o equivalente a centenas de milhares de postos de trabalho.”

 

A Visão para Europa da EasyJet contempla a viagem total do passageiro – desde a reserva até o aeroporto, incluindo a viagem e a chegada ao destino – com o intuito de dar a conhecer a nossa perspetiva, a cada passo, sobre a estrutura política correta que pode tornar uma viagem mais fácil e mais económica para todos os nossos passageiros. O documento destaca, junto com o tema das taxas portuárias, quatro outros temas chave que poderão trazer benefícios às companhias aéreas e aos seus passageiros, se forem bem endereçados.

 

A EasyJet propõe uma nova abordagem a este tema com base em três princípios:

1) Uma abordagem pragmática que procura endereçar as preocupações já enraizadas dos principais stakeholders. Por exemplo, não vão existir despedimentos coletivos no grupo dos controladores de tráfego aéreo. A soberania do espaço aéreo é garantida, e os Estados-Membros podem garantir o controlo sobre o seu espaço aéreo

2) O modelo de governação é partilhado para que os utilizadores do espaço aéreo sejam representados de forma equitativa.

3) A aceitação do SES devia resultar de uma opção deliberada, com financiamento da União Europeia disponibilizado apenas aos que escolherem esta opção.

 

A EasyJet assumiu o compromisso de ser um bom cidadão corporativo e de seguir um modelo de rentabilidade responsável – o que significa que oferecemos aos nossos colaboradores um contrato local, assente nas condições de trabalho local e na legislação em vigor no país onde trabalham, colaborando com sindicatos em toda a Europa.

O quadro atual permite à companhia sempre fazer a coisa certa, mas esta filosofia devia ser aplicada de forma equitativa e justa em todos os países, destaca a EasyJet.

 

Não existe competição suficiente na área de serviços de assistência em terra, o que significa que os passageiros continuam a pagar demasiado sem receberem um bom nível de serviço.

 

Para as linhas aéreas a autorização de alteração de faixa horária é essencial para poderem garantir uma utilização eficiente das mesmas.

 

Notas:

Todos os documentos seguintes estão disponíveis para consulta no site easyJet.com

Para aceder siga os links:

Documento ‘EasyJet’s vision for European aviation

Discurso de Carolyn McCall na ‘European Aviation Club’

Relatório da Frontier Economics ‘Benefit of better regulation of airports in Europe

 

Os aeroportos incluídos no estudo Frontier são:

Amesterdão, Barcelona, Paris CDG, Copenhaga, Roma Fiumicino, Frankfurt, Londres – Gatwick, Londres – Heathrow, Lisboa, Madrid, Munique, Paris Orly, Oslo, Viena, Zurique

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